quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Apossando-se do poder, o renascer da mágica do homem





(Sabia que o poder me rondava, de alguma forma eu sentia as mudanças operadas por ele em minha vida) sabe, eu ia começar este texto assim, da forma colocada em parênteses, contudo vi a grande besteira que escreveria, o poder não me rondava, ou ronda agora, o poder está dentro de mim, fora de mim, em minhas mãos, nas mãos de todos, independente de onde, quem, quando, porque, o poder está ai, o poder é inerente de nós, somos feitos do puro poder, da essência que permeia o universo, então vou largar esta besteira que começaria dizendo e mudarei para a seguinte assertiva: O PODER SEMPRE ESTEVE AQUI, E SEMPRE ESTARÁ, POR UM MOMENTO TIVE CONSCIÊNCIA DISSO E RESOLVI USÁ-LO.
Nos últimos dias, a recapitulação diária tem me dado mais chance de verificar o meu dia, os gastos energéticos, e mostrando como minha energia flui em coisas inúteis em minha vida, a vida cotidiana. Os voladores se alimentam primordialmente desta energia gasta de forma supérflua, que serve a propósito algum. São pequenas discussões, nervosismos sem sentido, preocupações e desejos vãos, tudo a serviço unicamente de seres que nos vilipendiam a nossa capacidade. Não é por força de nenhum mal que se opere no universo, longe disso, é como a nossa própria vida, como tudo que há, o reflexo do macrocosmo no microcosmo. Em nosso cotidiano não desperdiçamos a oportunidade de nos alimentar, seja com um bom emprego, seja com boas oportunidades que nos mantenha a barriga cheia. Da mesma forma fazem os voladores, com uma bem arranjada estratégia, elaborada minunciosamente, durante anos, e ratificada pelo pacto dos antigos, onde trocou-se a organização do mundo de forma linear, através da mente social, pelo quinhão de energia necessário para alimentar estes seres que diuturnamente nos sugam.
Verificando as rotinas diárias, recapitulando o nosso dia, identificamos minunciosamente por onde flui esta energia, e a estratégia que usam os voladores de forma específica nas nossas vidas. Seja através de uma alimentação desregrada, seja através de desejos físicos, seja através de brigas ou desarranjos emocionais, de alguma forma estes seres nos atacam, e o nosso primeiro e decisivo passo é entender de que forma nós somos tangenciados neste pasto que é a realidade que vivemos. O que verificamos é como a energia vem até nós e como ela escoa de nós, e desta feita, resolvi dividir um pouco do que comecei a compreender sobre meu próprio ser, que em nada difere do ser de qualquer um, em essência, sendo a diferença que me separa de qualquer um que me lê é a forma que assume meu ego, este não sendo meu, mas produto de uma mente social que nos aprisiona, decorrente dos seres que nos têm como rebanho em seu pasto.
Na alimentação, temos algumas características básicas, os alimentos, e a forma como nos alimentamos, os excessos, as faltas, o desequilíbrio, tudo de alguma forma inter-relaciona-se de forma a nos aprisionar, ou a nos libertar, e perceber isto pode ser um importante passo adiante, a energia é absolvida por nós primordialmente através da alimentação, somos o que comemos, está é uma frase simples que resume a complexidade da alimentação em nossas vidas. Reparem, pessoas em desequilíbrio geralmente mostram anomalias na sua alimentação, seja comendo poucos nutrientes, seja comendo demais, são pessoas obesas, subnutridas, anêmicas, com diabetes, hipertensas, deprimidas, algum distúrbio originado da precariedade em sua alimentação. Ali, no ponto onde a pessoa desequilibra-se está a ação dos voladores. Alimentar-se deve servir a um propósito para o homem, a nutrição energética do organismo, alimentar-se por prazer é uma das vias de dominação e sujeição de nossa energia pelos voladores. Imaginem a pessoa que vê prazer em alimentar-se, aos poucos, dominada por algo que deveria ser uma ferramenta para o guerreiro, alimenta-se de produtos que lhe dá prazer gustativo em detrimento da nutrição ideal. Um exercício diário é perceber de que forma nos alimentamos, e de que forma podemos modificar os nossos hábitos para atingir uma alimentação mais saudável, simples perguntas diárias nos respondem a esta questão, como por exemplo questionar-se sobre o que vamos comer: é um alimento saboroso, mas ele vai me dar a nutrição que meu corpo precisa, ou vou estar ingerindo lixo para meu corpo. Este pequeno exercício de revisar os nossos hábitos por si já é uma grande ferramenta para melhorar a funcionalidade de nosso organismo. Aqui cabe ressaltar algo importante, a alimentação por produtos naturais, que não são industrializados, deve ser priorizada, os produtos químicos nos agridem o corpo, não sendo naturais entra em nossa cadeia orgânica desequilibrando-a, e nos fragilizando, e nos tornar frágeis é um dos objetivos dos voladores. Claro que não vamos abdicar de termos prazeres vezes ou outras, mas o hábito amigos, este sim faz com que causemos grandes prejuízos ao nosso templo maior.
Um segundo passo que temos é perceber a nossa saúde emocional. De que forma nos relacionamos com as pessoas, e de que forma que esta relação nos afeta intimamente. Devemos rever a nossa forma de lidar com o mundo, com as pessoas. Vemos pessoas que se afetam com a menor palavra dita de forma incorreta por outra, mas ai devemos nos perguntar, a pessoa que nos afetou ou nós mesmos estamos receptivos a emoções e mudanças energéticas, nós nos estamos deixando ser afetados? Ninguém consegue nos afetar se não deixarmos, nossa energia está dentro de um casulo luminoso e nos afetamos apenas e quando nos deixamos afetar, quando construímos uma ponte ao sentimento que nos invade, a emoção que nos derrota, ao impulso que nos domina, abrir-se para isto é decisão nossa, cabe saber se estamos fazendo isso de forma consciente ou não. Analisar a forma como recebemos energia das pessoas que nos relacionamos, e como influenciamos a energia de outras pessoas é assaz importante para definirmos como anda a nossa energia. Existem pessoas que matam e morrem por relacionamentos, que se deprimem por discussões e palavras, que modificam sua forma de usar pela opinião alheia, que deixam de seguir sonhos apenas para serem aceitos por outros, isso não é sadio, a saúde emocional é fator preponderante na edificação do estado que chamo estado do guerreiro, um estado emocional onde o caminhante não se afeta por palavras, não se modifica por opiniões, não altera o mundo a sua volta, apenas passa pairando pela mundo social, sem alterar a paisagem, e sem por ela ser alterado, Don Juan chamava isso de estado da implacabilidade. Os voladores, na seara dos sentimentos, nos criam estados mentais para que desprendamos energia para a sua alimentação, como a autorreflexão, o ciúme, o ódio, a paixão, o medo, a saudade, a preocupação e tantos outros estados que não servem a nada, além da liberação de jorros imensos de energia aos voladores. É como a mão que ordenha nossas tetas para alimentar os voladores de nosso saboroso leite, a nossa energia interior. Vejam, experimentem lembrar de eventos em que grandes emoções se depreendem de nós, e o quão estes eventos nos desgastam, controlar o sentimento, ser inabalável, esta é uma das grandes metas do guerreiro viajante, destituir esta ferramenta das mãos do inimigo é um importante passo no domínio de nosso templo interior.
O terceiro passo é o equilíbrio físico. O corpo do guerreiro é o templo, a senda de sua jornada por esta terra, e para tanto deve ser zelado, edificado com vigas fortes. A circulação de energia e os pontos principais energéticos passam pelo nosso corpo físico. Exercitar-se, manter o corpo em ordem, eliminar a gordura, que é nada mais que energia parada, e criar músculos, que é energia em atividade, é um dos pilares para a nossa caminhada. A preguiça é a grande ferramenta dos voladores neste caso. Pessoas que dormem até tarde, tem preguiça de acordar, não movimentam o corpo, e passam horas a frente da TV vendo coisas inúteis, estas estão agindo de acordo com os desejos dos voladores. O guerreiro que espreita-se diariamente vê que a preguiça é o grande tempero que os voladores tem para se alimentarem de nossa energia. A preguiça é a arma dos voladores para enfraquecer o nosso templo, o nosso corpo> quanto mais fracos somos fisicamente, quanto mais desleixados com o corpo físico, mais dificuldade tem a circulação da energia pelo nosso corpo, e mais estagnada fica a energia em pontos favoráveis ao saque energético que diuturnamente sofremos. Percebam, pessoas em desequilíbrio corporal tem problemas constantes, são deprimidas, sem energia, sem vontade, preguiçosas. Claro, cultuar o corpo é outro limite dos problemas causados pelo desequilíbrio do corpo físico, o culto a forma faz com que a tarefa de edificar o nosso templo o transforme em um templo sem alguém para frequentá-lo, exercitar o corpo sempre vem em companhia das questões que precederam este tópico.
O quarto passo seria dedicar-se ao mistério. Dedicar-se ao mistério é dar-se um tempo para suspender a cognição do mundo cotidiano. Existem várias formas de fazê-lo, meditando, silenciando a mente, exercitando os passos de poder, ensonhando, recapitulando, aqui entram as ferramentas mágicas ensinadas nos livros de Castaneda, não vou me adentrar nas práticas, já por demais deslindadas aqui neste blog, só o que acrescento que esta é a prática que aperfeiçoa-se a medida que as outras três melhoram. Cada uma das três técnicas passadas servem para acumular energia no mínimo necessário para praticar os exercícios da segunda atenção. E por outro lado, os exercícios da segunda atenção tornam a nossa energia impalatável, sem sabor, repudiada pelos voladores, ou seja, mantém o progresso de nossa caminhada.
Contudo, caros amigos, o que acontece é que para todas estas ferramentas e tantas outras funcionarem temos que ter algo essencial, a impecabilidade, o intento inflexível. Isso significa caminhar e manter-se no caminho. Não adianta seguirmos a caminhada, e recuar. O mundo social vai querer assim e tentará de tudo para que isso aconteça, é parte da estratégia dos voladores. Contudo, quem sobressai-se desta armadilha da dominação ganha o passaporte para liberdade. O mundo nos fará sofrer as tentações da alimentação, nos fará sucumbir a preguiça, nos tentará infringir sentimentos de culpa, de ódio, de ciúmes, de rancor, de preocupação, e ai será testado o guerreiro. O mundo nos tentará fazer cansar, mas não podemos cansar, até que a morte venha nos levar. Don Juan, nos livros de Castaneda, falava do inimigo velhice, ele lutava bravamente contra ele, caminhava, exercitava-se, incansavelmente, sempre, até que seu dia chegasse, até que ele desse o seu grande salto e seguisse, guiado pela conselheira aos confins do mundo, na cidade branca. E nós amigos, não temos nada a mais ou a menos que o velho nagual tinha, ele nos deixou o ensinamento que precisamos, e o resto nos foi dado pela fonte do universo, somos do mesmo quinhão que aqueles e tantos outros que conseguiram e nós também, seguindo impecáveis, sem resignar-se conseguiremos. Mantenho este intento aceso, e relembro dele todo dia as 22:00 falando em voz alta a palavra intento, alguns seguem este mesmo propósito comigo, e quem silenciar a mente, esteja onde estiver, todos os dias a esta hora, conseguirá ouvir a voz de outros guerreiros bradando com a mesma coragem, com a mesma vontade, formando uma corrente inquebrantável de energia, como uma águia voltada para o horizonte que perseguimos, a cidade branca que um dia estaremos.
Agora, amigos, são meia noite e meia, estou aqui depois de um dia causticante. Passei o dia espirrando, com alergia, a minha faculdade entrou em greve, atribulações me cercaram durante o dia, mas a energia está comigo, pois eu decidi agarrá-la, tudo então está bem, pois o que passou na vida cotidiana foi apenas o filme que não me toca e nem há de tocar. Sinto o poder aqui, sinto o poder que temos, e que podemos atingir, sem grandes mágicas ou processos mirabolantes, basta querer, e querer é o combustível que tenho de sobra. Sinto que tudo posso e o melhor, que sempre pude, mas nunca soube, os voladores agora estão longe, não os consigo ver, e espero que a minha impecabilidade os mantenha longes, e de depender de mim assim vai ser.
Espero que estas breves e esparsas linhas tenham servido ao grande propósito, fortalecer o nosso caminho, fortalecer a nossa ligação, fortalecer o nosso intento, único, inquebrantável, rumo a libertação.

Intento guerreiros, intento irmãos.
Posted 25th May by Vento que sussurra

Leia Mais ››

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Intuição - A Chave Interior




Atualmente a psicologia define a intuição como um processo seletivo involuntário em que reunimos informações que foram absorvidas pelo subconsciente, e que na hora certa “saltam’ para a percepção. Interessante notar que essa visão psicológica abre também uma perspectiva para a possibilidade de que o inconsciente tenha reunido essas informações não só nessa vida, mas também em outras vidas dando, de certa forma, fundamento para as alegações dos espiritualistas que dizem que uma alma quando desenvolve excepcionalmente bem certo conhecimento é porque o traz de algum modo formulado, ou amadurecido, de vivências pretéritas! Segundo essa teoria o inconsciente não reconhece os limites do ego.

Ainda assim isso nada tem a ver com a intuição espiritual. Nesse tipo de intuição acessamos informações que não tivemos acesso (nessa ou em outras vidas) de modo claro e alheio a nós mesmos em sua manifestação. Por isso que geralmente ela ocorre com o intermédio de seres do mundo espiritual, guias, mentores, mestres ou seres elementais que podem atuar de modo velado por muitos e muitos anos, e que se revelam dentro do processo de amadurecimento espiritual do Buscador!

Rabindranath Tagore conta que certa vez, passeando de barco pelas águas do rio Ganges, viu um peixe vir à superfície para apanhar alguma coisa, um inseto ou um fruto. Quando o animal girou o corpo para mergulhar novamente, suas escamas prateadas refletiram o céu límpido daquela tarde ficando totalmente azuis, espelhando o céu luminoso. Um espetáculo de beleza natural! O grande poeta indiano então concluiu: “A intuição deve ser isso, algo que emerge das profundezas da alma e que por um momento reflete o infinito…” Essa é com certeza a mais bela afirmação sobre o processo intuitivo que eu já li em toda a minha vida! O difícil mesmo é saber como ela opera em cada pessoa, tamanha é a sua particularidade, a sua pessoalidade. O tarot é um dos instrumentos que melhor exercita e desenvolve a intuição. Uma vez aberta as portas dessa percepção elas nunca mais se fecham, a intuição passa ser a chave com a qual abrimos sempre a consciência quando precisamos de orientação, e não apenas numa consulta ao tarot!

Os tarólogos por sua vez também demonstram diferentes maneiras de lidar com a sua própria intuição, por isso conhecer seus estilos de jogo é um meio fascinante de se aproximar do modo como a sua intuição funciona, muito embora isso seja, e será sempre, um mistério!

Conheci certa vez uma taróloga que se utilizava apenas dos arcanos maiores em suas leituras, e que para iniciar uma consulta pedia que se desse um tema para ser trabalhado, algo como amor, dinheiro, projetos etc. Então ela pedia que se tirasse certo número de cartas do maço com vinte e dois arcanos e as colocava sobre a mesa de modo aparentemente aleatório, desenhando formas geométricas exóticas. Conforme as perguntas evoluíam, ela mudava a disposição das cartas, nunca repetindo a sequência. Impressionava-me bastante ela revelar fatos subjacentes ao tema escolhido dos quais eu tinha conhecimento, mas que não havia revelado. Elogiei sua acurada percepção e perguntei como ela decorava tantos modos de deitar as cartas. Ela me olhou calmamente e disse que não decorava, que as cartas eram mesmo postas aleatoriamente e que cada posição não tinha um significado pré-estabelecido. Os desenhos simplesmente apareciam em sua mente e ela os colocava sobre a mesa, os significados então se abriam… Fiquei estupefato! Foi a forma mais estranha de ler as cartas do tarot que já tinha visto.

Uma amiga de muitos anos usa as cartas de um modo mais disciplinado e tradicional, combinando um arcano maior a um menor na leitura. Tem por hábito utilizar-se da mandala astrológica em suas sessões e já “trocamos figurinha” como eu costumo dizer. Intriga-me também o quanto de informação ela pode tirar da combinação de duas cartas, sem fazer outras relações com casas correspondentes, por exemplo, ao passo que em outras não saía mais do que uma frase.

Para mim foi um longo caminho de descoberta, experimentei muitos métodos de ler as cartas, tanto para mim mesmo quanto para os outros. Atualmente eu as leio com as setenta e oito cartas misturadas, arcanos maiores e menores. Lendo assim, os arcanos funcionam como letras que ao serem combinadas, formam frases claras e precisas em minha mente. A predominância de um ou outro naipe revela o elemento dominante e a direção psicológica de quem se consulta. A falta de um naipe também me é muito reveladora. Sinto assim o peixe da minha intuição emergindo das profundezas da minha alma! E é muito prazeroso e satisfatório, e não só para mim…

A chave da intuição deve ser descoberta por cada um sem interferências externas, ouvir autores e professores é um bom modo de se iniciar, mas não pode ser o fim de um processo. O que é anunciado como o melhor e mais eficiente método é, na verdade, o caminho que fez com que aquele professor ou autor encontrasse a chave da sua intuição, mas que não deve nunca invalidar a descoberta de cada um. Conhecer o meio pelo qual acessamos a sabedoria do inconsciente coletivo através da intuição é um passo importante no caminho do autoconhecimento e autodesenvolvimento. O que requer tempo, paciência e muita auto-observação.

Nota: Os dois primeiros parágrafos deste texto foram acrescentados ao texto original publicado no Blog Tarólogos.com em julho de 2009. 


Leia Mais ››

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sombra amigável.............




Pois nada a secreto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. (S. Lucas, cap. VIII, vv. 16 e 17.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo XXIV - ítem 2.
A sombra designa "o outro lado" do ser humano, aquele em que vige a escuridão.
Comumente destacamos a sombra negativa nos ambientes educativos da doutrina.
Convém, porém, uma atenção à sombra positiva, que são nossos potenciais e talentos ainda não expressados ou descobertos.
Em meio a essa escuridão da vida inconsciente existe muita sabedoria e riqueza ainda não exploradas.
Escutando nossos sentimentos e o que eles têm a nos ensinar sobre nós mesmos,estaremos entrando em contato com esse "material" reprimido no inconsciente, com todas as habilidades instintivas que nos asseguram a Herança inalienável de Filhos do Altíssimo em Sua Obra magnânima.
Escutar sentimentos é aceitá-los. Aceitação quer dizer pensar sobre eles.
Habitualmente exaramos e colocação: "Não quero nem pensar nisso!", referindo-nos a questões desagradáveis do mundo íntimo. Os sentimentos são os principais canais de conexão emitindo constantes mensagens do inconsciente.
Quando usamos a expressão sentimentos mal resolvidos, estamos tratando de sentimentos não aceitos ou negados pela consciência e reprimidos para o inconsciente por alguma razão particular.
A sombra originou-se basicamente em função dessa relação insatisfatória com nosso poder de sentir e os arquivou em forma de culpas, desejos estagnados, bloqueios, traumas, medos, criando todo um complexo psíquico que, em muitos lances, são fatores geradores das psicopatologias, desde as mais toleráveis até às mais severas.
Ao longo dos últimos milênios (aproximadamente quarenta mil anos, dependendo da história individual), o que mais fizemos foi negar e temer nossos sentimentos – um fato natural na trajetória evolutiva da animalidade para a hominilidade.
O medo de sentir e do que sentimos acompanha-nos desde o momento em que começamos a tomar consciência desse mecanismo bio-psíquico-emocional-espiritual. Ainda hoje, esconder o que se sente, é uma conduta social comum e até necessária para a maioria das pessoas.
O mundo, no entanto, prepara-se para o século do amor vivido e sentido. A pergunta mais formulada em todas as latitudes neste momento é: como está você? E o interesse por uma resposta que fale de sentimentos é eminente; tende a tornar-se um hábito.
Estamos com enorme necessidade de falar do que sentimos e saber com mais clareza sobre o mundo das emoções, embora ainda temerosos de suas conseqüências.
Quando digo "sou minha sombra" não significa que tenha que viver conforme sua orientação. Apenas admiti-la, entender suas mensagens.
A sombra só é ameaça quando não é reconhecida. Só pode ser prejudicial quandonegligenciamos identificá-la com atenção, respeito e afabilidade.
"É importante para a meta da individuação, isto é, da realização do si mesmo, que o indivíduo aprenda a distinguir entre o que parece ser para si mesmo e o que épara os outros.
É igualmente necessário que conscientize seu invisível sistema de relações com o inconsciente, ou seja, com anima, a fim de poder diferenciar-sedela. No entanto, é impossível que alguém se diferencie de algo que não conheça."
(The collected works of GG Jung (CW) - 17 vol. VII par. 28).
Essa colocação do Doutor Jung é clara. Escutar sentimentos é a primeira lição nanossa educação espiritual para o auto-amor.
Amaremos a nós mesmos somentequando deixarmos de culpar os outros pelas nossas dores e desacertos e tivermos a coragem de perscrutar o íntimo, interrompendo o fluxo das projeções e fugar ainda ignoradas nas nossas atitudes.
Recebemos contínuos "chamados" do inconsciente através do que sentimos.
Uma análise atenta de nossos impulsos emotivos e da nossa "reação afetiva" a tudo que nos cerca levar-nos-á a entender com exatidão as "reclamações" do psiquismo profundo.
Nessa investigação da alma encontraremos indicativas seguras no entendimento das mais ocultas raízes de nossos conflitos.
Percorreremos caminhos mentais até então incognoscíveis. Igualmente, descobriremos valores adormecidos que solicitam nossa criatividade para desenvolvê-los a contento.
Entretanto, somente daremos importância às mensagens da sombra quando nos relacionarmos amigavelmente com ela. O processo de ouvir a voz do inconscienteatravés dos sentimentos passa por algumas etapas na alfabetização do sentir:
* Imprescindível o auto-respeito.
O que sentimos é indiscutível, individual, é a nossa forma de viver a vida.
Com isso não devemos admitir que os apelos do coração devam ser seguidos como brotam.
Muito menos supô-los a expressão da Verdade.
Apenas tenhamos respeito por nós sem reprimendas e condenações, procurando compreender os recados do coração.
* Havendo respeito, instaura-se o clima da serenidade, da ausência de conflitos e batalhas interiores. Somente serenos vamos conseguir uma comunicação seminterferências.
É o silêncio interior. O fio que nos leva ao intercâmbio produtivo.
* Aprender a linguagem dos sentimentos exige meditação, atenção. Separar a "imagem programada" pela educação social da "imagem idealizada" é um trabalho lento.
Diferenciar o que pensam que sou daquilo que penso que sou é o caminho para se chegar ao que sou verdadeiramente.
* Utilizar indagações. A sombra adora dar respostas. Nossa tarefa será discernir no tempo a natureza dessas respostas. No início elas serão confusas, enganosas,talvez decepcionantes.
Na medida que se dilata esse exercício, a intuição vai aclarando a capacidade deperceber e sentir o que nos convém. Teremos a sensação do melhor caminho, dasmelhoras escolhas, do que queremos. É o início da identificação com o projeto singular do Criador a nosso respeito.
O Doutor Jung estipulou: "As pessoas, quando educadas para enxergarem claramente o lado sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar seus semelhantes." (The Collected Works of CG Jung (CW) - 16 vol. VII par. 310)
Ao conquistarmos a sombra de maneira amigável, criaremos uma relação de paz com a vida íntima e, nesse ponto, as projeções não serão mecanismos defensivos contra nossas imperfeições, mas reflexos da bondade e harmonia que habitarão a vida mental.
Nessa postura mental amaremos a vida com mais ardor. Será muito mais interessante olhar o nosso próximo, senti-lo e perceber a grandeza da vida que nos cerca.
A Lei Divina contida na fala de Jesus é determinante: Pois nada há secreto que não haja de ser descoberto.
O crescimento pessoal e a felicidade incluem a missão de explorar as riquezas do inconsciente.
Escutar sentimentos é a arte de mergulhar na vida profunda e descobrir o manancial de força e beleza que possuímos.
Amigo querido das lides espiritistas, nos instantes de tormenta ocasionados pelos efeitos de tuas imperfeições, busca Deus na oração e escuta tua alma.
Ouve os ditames suaves que ela te envia. Não os julgue agora e enquanto meditas.
Indaga-te: que fazer ante os impulsos menos felizes? Como agir para mudar?
Ouve! Ouve a resposta em ti mesmo! Escuta teus sentimentos!
Ora novamente, aquieta os raciocínios e escuta os "sons" dos sentimentos nobres que te arrimam.
Estás agora em estado alterado de consciência. Tua sombra avizinha. Teu selfpermanece em vigília. Tonifica-te com as energias revigorantes.
Agora agradece o dom da vida... O corpo... A beleza de pertencer a ti mesmo.
A presente existência é a tua oportunidade. É a tua ocasião de libertar.
Recomeça quantas vezes se fizerem necessárias. Perdoa-te pelos insucessos.
Recorda as muitas vitórias e preenche-te com o labor.
Algumas respostas para serem compreendidas solicitam o concurso do tempo.
Prossegue sem ilusões de conforto. Deseja o sossego interior e acredita merecê-lo, mas não o confunda com facilidades transitórias.
Teus sentimentos: a realidade de tua posição espiritual. Por eles sabes de teu valor e de tuas necessidades.
Não te agrida quando sentires o que não gostarias.
Ama-te ainda mais nesses momentos. Aceita-te.
Diz: eu aceito minha imperfeição. Sentí-la não quer dizer que eu seja menor. Eu aceito minhas particularidades. Eu me amo como sou e não me abandonarei porque somente eu posso me resgatar.
Agora vai cumprir teu dever - esse sublime "analgésico mental".
Em outros instantes, fora da tormenta mental, medita sobre aquilo que te incomodou.
Medita sempre sobre tuas imperfeições e Teu Pai, secretamente, na acústica do ser, providenciar-te-á os recursos abundantes para tua cura.
Deus jamais te esquece. Acredite nisso e sente o amparo em teu favor. O universo está a teu favor. Acredita.
ESCUTANDO SENTIMENTOS
A ATITUDE DE AMAR-NOS COMO MERECEMOS
WANDERLEY S. DE OLIVEIRA
Pelo Espírito ERMANCE DUFAUX
Leia Mais ››

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Fogo e as Danças Associadas ao Antigo Festival de Beltaine



Nesta temporada ainda é feita memorável na Irlanda por fogos de iluminação em cada colina, de acordo com o uso pagão antigo, quando os fogos se acenderam Baal como parte do ritual de adoração do sol, ainda que agora eles são acesas em honra de St. John. A grande fogueira do ano ainda é feita na véspera de São João, (30 de abril), quando todos dançam o povo em volta dele, e cada jovem assume uma marca iluminada da pilha para trazer para casa com ele para a boa sorte para a casa.

Nos tempos antigos, o fogo sagrado era iluminado com grande cerimônia em Midsummer Eve (Solstício de Verão), e naquela noite todas as pessoas do país adjacente vigiavam fixa no promontório de Howth oeste, e no momento o primeiro flash era visto desde que ponto o fato de ignição foi anunciado com gritos selvagens e aplausos repetidos de aldeia em aldeia, quando todos os fogos locais começaram a arder, e Irlanda foi circundado por um cordão de fogo subindo em todas as colinas. Em seguida, a dança e a música começa em torno de cada fogo, e as aclamações selvagens encheram o ar com a folia mais frenético.

Druidic-People2.gif (77454 bytes)Muitos desses costumes antigos ainda continuou, e os incêndios ainda estão acesas na véspera de São João em todo o outeiro na Irlanda. Quando o fogo já queimou a uma luz vermelha dos jovens tira para a cintura e saltar por cima ou através das chamas, o que é feito frente e para trás várias vezes, e quem chama os maiores guerreiros é considerado o vencedor sobre os poderes do mal , e é recebido com aplausos tremenda. Quando o fogo queima-se ainda mais baixos, as jovens salto a chama, e aqueles que salto limpa mais de três vezes para trás e para frente serão determinados de um casamento rápido e boa sorte no após vida, com muitos filhos. 

As mulheres casadas, em seguida, percorrer as linhas do brasas, e quando o fogo é quase queimado e pisada, o gado ao sobreano são conduzidos através das cinzas quentes, e sua parte traseira é chamuscado com um iluminado galho de avelã. Essas varas são mantidas depois com segurança, sendo considerada de imenso poder para conduzir o gado para os locais de rega.  

Com o fogo cresce a euforia, a música, a dança começa, enquanto profissionais contadores de histórias narram contos de fadas, ou dos bons e velhos tempos há muito tempo, quando os reis e príncipes da Irlanda habitaram entre seu próprio povo, e havia comida para comer e para beber vinho para todos os cantos para a festa na casa do rei.

Quando a multidão finalmente se dispersa, cada um leva para casa uma marca do fogo e de grande virtude é anexado a iluminada Coroa que é transportado em segurança para a casa sem quebrar ou cair no chão. 
Muitas competições também surgem entre os jovens, para quem entra em sua casa pela primeira vez com o fogo sagrado traz a boa sorte do ano com ele.

No primeiro domingo de Verão todos os jovens costumava ficar em linhas depois de sair da capela, a ser contratado para o serviço - as meninas de mãos dadas e de branco, os homens jovens, cada um com um emblema de seu ofício. A noite terminou com uma dança e a folia foi mantido até o amanhecer do dia seguinte, chamado de "Triste segunda-feira," por causa do fim do prazer e da brincadeira.

Fonte: Wilde 'Speranza' Lady - Legends Antiga, Charms Mystic, e as superstições da Irlanda. publicado pela primeira vez 1888. Reproduzido por O'Gorman Ltd. Galway, na Irlanda. 1971.

Leia Mais ››

sábado, 27 de outubro de 2012

Se7en, a origem dos Sete Pecados Capitais........




Publicado em outubro 12, 2012 por zhannko
9 set 2008 ]
por Marcelo del Debbio
Como hoje é meu aniversário, escolhi fazer uma pausa nos textos mais científicos envolvendo Plano Astral e Demônios para escrever alguma coisa mais leve, voltada para o conhecimento interior. Na verdade, um exercício interessante que vai ajudar a explicar a origem de certas palavras que todo mundo usa diariamente mas pouca gente conhece o real significado delas.
Falarei sobre os Sete “Pecados” Capitais e as Sete Virtudes.
Em primeiro lugar: ninguém nunca se perguntou qual a diferença entre os Dez Mandamentos e os sete Pecados Capitais? Porque os pecados, que a Igreja tanto fala e que são formas certas de levar uma pessoa para o tal do Inferno, mencionados na Divina Comédia (escrita por Dante Alighieri, um iniciado) não estão na bíblia em lugar algum?
Os chamados “Pecados Capitais” são originários da alquimia e das tradições iniciáticas muito antigas, remontando dos antigos rituais egípcios e babilônicos. Antes de começar, vamos usar a nomenclatura certa: DEFEITOS capitais.
Os defeitos capitais são em número de sete, diretamente relacionados com o avanço espiritual e estando cada um deles associado a um Planeta, de acordo com uma estrutura denominada “Estrela Setenária”.

ORGULHO

Defeito capital relacionado com o SOL e, na minha opinião, o mais difícil de ser destruído.
Em sua síntese, Orgulho é um sentimento de satisfação pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do latim “superbia”, que também significa supérfluo.
Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Que ele deveria existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, apenas então sendo visto apenas então como algo de negativo.
Outras pessoas classificam o orgulho como “exagerado” quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.
O Orgulho é um defeito muito traiçoeiro, justamente porque, conforme coloquei no parágrafo anterior, a maioria das pessoas não o enxerga como um “defeito”, mas como uma “recompensa” moral ou espiritual por um trabalho que executaram. Por esta razão, é muito mais difícil livrar-nos dele, pois, ao nos acostumarmos com a recompensa, nos sentimos inferiorizados se não somos “reconhecidos” por nossos feitos.
Em minhas palestras sobre alquimia, sempre coloquei o orgulho como o último (e mais complexo) dos defeitos a serem finalmente destruídos, pois, ao contrário da preguiça ou da raiva, por exemplo, que são (na minha opinião) mais simples de serem trabalhados, o orgulho está enraizado em nosso pensamento de uma maneira intrínseca. É muito fácil cair na tentação de, ao “final” do caminho, batermos com as mãos no peito como o Fariseu da parábola de Lucas ou nos sentirmos injustiçados caso ninguém “reconheça” nossa “evolução”.
Aprender a trabalhar a via interior como algo íntimo para nós mesmos (e não para mostrarmos aos outros) certamente é o primeiro passo para o desenvolvimento espiritual.
A virtude cardeal do Sol é a MAGNANIMIDADE. A capacidade de brilhar e iluminar os outros ao seu redor. A virtude de brilhar pelo reto pensar, reto falar e reto agir. Assim como o orgulho é o pior de todos os vícios, a magnanimidade é a maior de todas as virtudes.
São Thomas de Aquino determinou sete características como inerentes ao orgulho:
Jactância – Ostentação, vanglória, elevar-se acima do que se realmente é.
Pertinácia – Uma palavra bonita para “cabeça-dura” e “teimosia”. É o defeito de achar que se está sempre certo.
Hipocrisia – o ato de pregar alguma coisa para “ficar bem entre os semelhantes” e, secretamente, fazer o oposto do que prega. Muito comum nas Igrejas.
Desobediência – por orgulho, a pessoa se recusa a trabalhar em equipe quando não tem suas vontades reafirmadas. Tem relação com a Preguiça.
Presunção – achar que sabe tudo. É um dos maiores defeitos encontrados nos céticos e adeptos do mundo materialista. A máxima “tudo sei que nada sei” é muito sábia neste sentido. Tem relação com a Gula.
Discórdia – criar a desunião, a briga. Ao impor nossa vontade sobre os outros, podemos criar a discórdia entre dois ou mais amigos. Tem relação com a Ira.
Contenda – é uma disputa mais exacerbada e mais profunda, uma evolução da discórdia onde dois lados passam não apenas a discordar, mas a brigar entre si. Tem relação com a Inveja.

ACÍDIA (Preguiça)

Isto provavelmente quase ninguém entre vocês deve saber, mas o nome original da Preguiça é Acídia. Acídia é a preguiça de busca espiritual. Quando a pessoa fica acomodada e passa a deixar que os outros tomem todas as decisões morais e espirituais por elas. É muito fácil de entender porque a Igreja Católica substituiu a Acídia pela Preguiça dentro dos “sete pecados”! trabalhar pode, mas pensar não !!!
A preguiça está ligada diretamente à LUA. Mas você já devia ter desconfiado disso… qual o dia da semana onde sentimos mais as influências destas energias? Moonday.
A virtude cardeal relacionada com a Lua é a HUMILDADE. É necessário lembrar que estamos sempre falando em termos espirituais dentro da alquimia. Em sua origem, a Humildade (Humilitas) está relacionada a “fazer o seu trabalho sem esperar reconhecimento e sem esperar por recompensas”. Humilde não é sinônimo de “coitadinho”, de “idiota”, de “pobrezinho” e outras tolices que vocês foram forçados a engolir por causa da Igreja. Uma pessoa humilde não precisa (nem deve) ser um pateta. “Cordeiro Humilde” nas palavras de Yeshua significa “Aquele que tem as características de Áries e faz o seu trabalho sem esperar reconhecimento”. Bem diferente do coitadinho medíocre que a Igreja espera que você seja.
São Thomas de Aquino determina sete características como filhas da acídia.
Desespero – quando o homem considera que o objetivo visado se tornou impossível de ser alcançado, por quaisquer meios, gerando um abatimento que domina o seu afeto.
Pusilanimidade – covardia, falta de ânimo, falta de coragem para encarar um trabalho árduo e que requer deliberação.
Divagação da mente – é quando um homem abandona as questões espirituais e se instala nos prazeres exteriores, permanecendo com sua mente rondando assuntos do âmbito material.
Torpor – estado de abandono onde a pessoa ignora a própria consciência.
Rancor – ressentimento contra aqueles que querem nos conduzir a caminhos mais elevados, o que acaba gerando uma agressividade. Está relacionado à Ira. Posso ver muito de rancor em relação aos textos ateístas e outros textos religiosos mais fanáticos..
Malícia – desprezo pelos próprios bens espirituais, resultando em uma opção deliberada pelo mal. Está ligada diretamente ao materialismo e á Luxúria. Hoje em dia tornou-se sinônimo de sexualidade explícita.
Preguiça – a falta de vontade ligada aos esforços físicos.

IRA

Defeito capital ligado diretamente a MARTE, representado acertadamente pelos Deuses da Guerra. A ira é o mal uso da energia agressiva de marte. Ao invés de direcioná-la para o sexo ou para os esportes, a pessoa canaliza este excesso de energia para a destruição. “Faça amor, não faça a guerra”. Com tantas travas e tabus sexuais, não é de se admirar que fanáticos religiosos sejam tão violentos.
A Virtude cardeal relacionada com marte é a DILIGÊNCIA, ou seja, a capacidade de guiar a energia e a capacidade de produzir de maneira efetivamente produtiva.
São Thomas de Aquino determina seis características inerentes como sendo filhas da Ira:
Insulto – uma forma de violência verbal, na qual o interlocutor visa ofender ou agredir moralmente o atacado, atingindo algum ponto fraco para humilhar o outro.
Perturbação – agitação física e psíquica produzida por emoções intensas e acumuladas. Um dos maiores problemas na psicologia, a tensão das emoções acumuladas pode gerar todo tipo de problemas no organismo.
Indignação – sentimento de ira em relação a uma ofensa ou ação injusta.
Clamor – queixa ou súplica em voz alta, reclamação, gritos tumultuosos de reprovação. Quando a Ira extravasa de uma pessoa para um grupo, como se fosse uma entidade viva (na verdade, astralmente, o Clamor É uma entidade viva, manifestada pelas Fúrias).
Rixa – briga, desordem, contestação, tumulto. A Rixa tem ligação com o Orgulho
Blasfêmia – difamação do nome de um ou mais deuses. A Ira voltada para dentro de si mesmo.

INVEJA

Defeito capital ligado ao Planeta MERCÚRIO. Hoje em dia, as pessoas utilizam-se do termo “inveja” de maneira errada. Seu sentido original quer dizer “Caminhar segundo o passo espiritual de outra pessoa”. Ter inveja de outra pessoa é tomar seu próprio caminho com base nos esforços e resultados obtidos por outras pessoas. A Inveja como a conhecemos hoje é a parte material do defeito.
Por esta razão que a Virtude cardeal associada a Mercúrio é a PACIÊNCIA. A paciência é a capacidade de caminhar (espiritualmente) no seu próprio ritmo. Não é sinônimo de “lerdeza” ou de “calma” ou de “ir devagar”… ir devagar é para gente devagar! Ter paciência é ter a capacidade de avançar nos estudos iniciáticos no seu próprio passo.
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da Inveja:
Exultação pela Adversidade – Diminuir a glória do próximo. Por causa do sentimento de inveja, a pessoa tenta de todas as maneiras diminuir o resultado do trabalho e das glórias das pessoas ao redor.
Detração – Significa falar mal às claras. Possui os efeitos semelhantes aos do murmúrio, com as mesmas intenções, mas mais abertamente. A diferença entre os dois é que a detração está maculada pelo Orgulho de se mostrar como causador do dano.
Ódio – o efeito final da inveja: o invejoso não apenas se entristece pelas conquistas do outro e deseja o fim das glórias e objetivos alcançados pelo próximo, mas passa a desejar o mal sob todos os aspectos para aquela pessoa também.
Aflição pela Prosperidade – A tristeza pela glória do próximo. Ocorre quando não se consegue de nenhuma maneira diminuir as realizações da outra pessoa, então passa a se entristecer com o resultado das conquistas alheias.
Murmuração – Também conhecido como fofoca, consiste em espalhar mentiras, meias-verdades, distorções, mentira (associada à Avareza) ou fatos embaraçosos ou depreciativos em relação a outra pessoa, com o intuito de prejudicar o próximo.

GULA

A gula, como já era de se esperar, era uma característica do Planeta JÚPITER. Júpiter, como o benfeitor da astrologia, rege a fartura e a prosperidade. O defeito é a gula e a virtude é a caridade.
Oras… estamos lidando com Excessos. A Gula é absorver o que não se necessita, ou o que é excedente. Pode se manifestar em todos os quatro planos (espiritual, emocional, racional e material). Claro que a igreja distorceu o sentido original da alquimia, adaptando-a para o mundo material, então hoje em dia, gula é sinônimo apenas de “comer muito”.
A virtude relacionada a Júpiter é a CARIDADE. A caridade lida com a maneira que tratamos nossos excessos. Ao invés de consumi-los sem necessidade, os doamos para quem não os possui. A caridade não está relacionada apenas a dinheiro, mas também aos 4 elementos da alquimia (espiritual, emocional, racional e material). Esta coluna, por exemplo, faz parte dos meus projetos de caridade intelectual.
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da gula:
Loquacidade Desvairada – a desordem no falar, o excesso de palavras atrapalhando e causando confusão mental. Está relacionada ao elemento Ar.
Imundície – aparência desleixada devido à falta de higiene por estar preocupado em demasia com a obtenção de excessos. Não tem o mesmo significado desta palavra em nosso vocabulário moderno, onde imundície quer dizer apenas “excesso de sujeira”, mas sim uma imundície espiritual, ligada à falta de cuidado com o corpo físico por conta dos excessos.
Alegria Néscia – desordem do pensamento e das emoções através do descontrole da vontade, muito associada ao ato de beber. Ligada ao elemento Água.
Expansividade Debochada – O excesso de gesticulações e movimentos do corpo ao comunicar, causando tumulto e desordenação.
Embotamento da inteligência – obstrução da razão devido ao consumo desordenado de alimentos.

LUXÚRIA

Defeito capital ligado ao Planeta VÊNUS, quer dizer em seu sentido original “deixar-se dominar pelas paixões”. Em português, luxúria foi completamente deturpado e levado apenas para o sentido físico e sexual da palavra, mas seu equivalente em inglês (Lust) ainda mantém o sentido original (pode-se usar expressões como “lust for money”, “lust for blood”, “lust for power”). A melhor tradução para isso seria “obsessão”. A luxúria tem efeito na esfera espiritual quando a pessoa passa a ser guiada pelas suas paixões ao invés de sua racionalidade. Para chegar ao auto-conhecimento, é necessário domar suas paixões (vide a representação do Arcano da Força no tarot!).
A virtude associada a Vênus é a TEMPERANÇA (do latim temperatia), ou a virtude de quem é moderado.
São Thomas de Aquino determina 8 características inerentes como sendo as filhas da Luxuria:
Cegueira da Mente – é aquela que nos impede de ver os acontecimentos, situações e ações ao nosso redor. A pessoa fica tão entregue às suas paixões que não consegue raciocinar nem intuir a respeito do mundo ao seu redor.
Amor de Si – faz com que a pessoa feche seus sentimentos para dentro de si mesmo, gerando um amor egoísta que segundo Thomas de Aquino é a origem de todos os outros pecados.
Ódio de Deus – com a vontade dominada pelas paixões, o indivíduo abandona a busca espiritual para se dedicar aos afazeres prazerosos mundanos, esquecendo sua busca por Deus no processo. Do esquecimento, estas paixões acabam se tornando ódio ao criador e a todo o mundo espiritual.
Apego ao Mundo – Os vícios e as paixões criam no indivíduo um apego ao mundo e aos seus desejos e ambições, desviando totalmente o foco espiritual de sua missão.
Inconstância – deixar-se dominar pelas paixões faz com que o indivíduo se torna inconstante, balançando sua dedicação à Grande Obra para dedicar-se às perseguições dos prazeres mundanos.
Irreflexão – Quando as paixões cegam o indivíduo, ele fecha-se a todo estímulo externo ou interno, procurando apenas satisfazer seus instintos, sem refletir nas conseqüências de seus atos.
Precipitação – da mesma forma, a urgência em saciar seus apetites e prazeres gera no indivíduo uma precipitação em agir sem pensar, tomando ações e atos sem o devido pesar.
Desespero em relação ao mundo futuro – os atos mal pensados ou não-pensados causam tantos problemas ao indivíduo que o levam a uma situação de desespero em relação ao seu futuro, quando se vê obrigado a encarar os resultados de suas ações.

AVAREZA

A Avareza (avaritia) é o defeito capital relacionado ao planeta SATURNO. Caracteriza-se pelo excesso de apegos pelo que se possui. Normalmente se associa avareza apenas ao significado materialista, de juntar dinheiro, mas sua manifestação nos outros elementos (espiritual, emocional e mental) é mais sutil e perniciosa. A avareza é a origem de todas as falsidades e enganações.
A virtude associada ao planeta Saturno é a CASTIDADE, ou a pureza dos costumes. Do latim Castitas, quer dizer “de sentimentos puros”. Normalmente a associação errada de “sentimentos puros” com a palavra “castidade” usada da maneira incorreta leva à associação de “abstinência sexual feminina” com “pureza”, esquecendo que esta pureza é Espiritual. A Mãe de Jesus que o diga.
São Thomas de Aquino determina sete características inerentes como sendo as filhas da Avareza:
Mentira – Ao procurar para si coisas que não lhe pertencem, o avaro pode se servir do engano. No desespero para não perder o que possui ou adquirir mais coisas que realmente não necessita, o avaro pode apelar para a falsidade. Se este se verificar através de simples palavras, caracteriza-se a mentira, mas se for através de juramento, então está classificada como Perjúrio.
Quanto ao engano em si: se for aplicado contra outras pessoas, classifica-se como Traição, se for em relação a coisas, classifica-se como Fraude:
Inquietude: Excesso de afã para juntar para si gera excessivas preocupações e cuidados.
Violência: Ao procurar para si bens alheios, o indivíduo pode se servir da violência, tamanha a ganância que possui, ao ver seus desejos negados pelo outro. O sentido esotérico se perdeu e violência hoje em dia é sinônimo de agressão, descaracterizando a razão causadora da agressão.
Dureza de Coração: O excesso de apegos pelo que se tem produz a dureza no coração, pois não permite à pessoa usar de seus bens para socorrer aos irmãos. Para se ser misericordioso, é necessário saber gastar seus bens excedentes.

Lição de Casa:

Utilizando-se da estrela Setenária, São Thomas de Aquino afirma que a bondade divina era tão grande que para cada Defeito Capital existiam DUAS virtudes que poderiam ser utilizadas para combatê-lo. Assim sendo, basta seguir as pontas da estrela para as virtudes associadas dos planetas opostos e meditar sobre quais virtudes podem ser utilizadas para combater os sete pecados capitais.
Agradecimentos à minha querida Soror Thahy, do blog Intensidade.
Extraído de milenar.org
 
Leia Mais ››

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...