sábado, 27 de outubro de 2012

Se7en, a origem dos Sete Pecados Capitais........




Publicado em outubro 12, 2012 por zhannko
9 set 2008 ]
por Marcelo del Debbio
Como hoje é meu aniversário, escolhi fazer uma pausa nos textos mais científicos envolvendo Plano Astral e Demônios para escrever alguma coisa mais leve, voltada para o conhecimento interior. Na verdade, um exercício interessante que vai ajudar a explicar a origem de certas palavras que todo mundo usa diariamente mas pouca gente conhece o real significado delas.
Falarei sobre os Sete “Pecados” Capitais e as Sete Virtudes.
Em primeiro lugar: ninguém nunca se perguntou qual a diferença entre os Dez Mandamentos e os sete Pecados Capitais? Porque os pecados, que a Igreja tanto fala e que são formas certas de levar uma pessoa para o tal do Inferno, mencionados na Divina Comédia (escrita por Dante Alighieri, um iniciado) não estão na bíblia em lugar algum?
Os chamados “Pecados Capitais” são originários da alquimia e das tradições iniciáticas muito antigas, remontando dos antigos rituais egípcios e babilônicos. Antes de começar, vamos usar a nomenclatura certa: DEFEITOS capitais.
Os defeitos capitais são em número de sete, diretamente relacionados com o avanço espiritual e estando cada um deles associado a um Planeta, de acordo com uma estrutura denominada “Estrela Setenária”.

ORGULHO

Defeito capital relacionado com o SOL e, na minha opinião, o mais difícil de ser destruído.
Em sua síntese, Orgulho é um sentimento de satisfação pessoal pela capacidade ou realização de uma tarefa. Sua origem remonta do latim “superbia”, que também significa supérfluo.
Algumas pessoas consideram que o orgulho para com os próprios feitos é um ato de justiça para consigo mesmo. Que ele deveria existir, como forma de elogiar a si próprio, dando forças para evoluir e conseguir uma evolução individual, rumo a um projeto de vida mais amplo e melhor. O orgulho em excesso pode se transformar em vaidade, ostentação, soberba, apenas então sendo visto apenas então como algo de negativo.
Outras pessoas classificam o orgulho como “exagerado” quando se torna um tipo de satisfação incondicional ou quando os próprios valores são superestimados, acreditando ser melhor ou mais importante do que os outros. Isso se aplica tanto a si próprio quanto ao próximo, embora socialmente uma pessoa que tenha orgulho pelos outros é geralmente vista no sentido da realização e é associada como uma atitude altruísta, enquanto o orgulho por si mesmo costuma ser associado ao sentimento de capacidade e egoísmo.
O Orgulho é um defeito muito traiçoeiro, justamente porque, conforme coloquei no parágrafo anterior, a maioria das pessoas não o enxerga como um “defeito”, mas como uma “recompensa” moral ou espiritual por um trabalho que executaram. Por esta razão, é muito mais difícil livrar-nos dele, pois, ao nos acostumarmos com a recompensa, nos sentimos inferiorizados se não somos “reconhecidos” por nossos feitos.
Em minhas palestras sobre alquimia, sempre coloquei o orgulho como o último (e mais complexo) dos defeitos a serem finalmente destruídos, pois, ao contrário da preguiça ou da raiva, por exemplo, que são (na minha opinião) mais simples de serem trabalhados, o orgulho está enraizado em nosso pensamento de uma maneira intrínseca. É muito fácil cair na tentação de, ao “final” do caminho, batermos com as mãos no peito como o Fariseu da parábola de Lucas ou nos sentirmos injustiçados caso ninguém “reconheça” nossa “evolução”.
Aprender a trabalhar a via interior como algo íntimo para nós mesmos (e não para mostrarmos aos outros) certamente é o primeiro passo para o desenvolvimento espiritual.
A virtude cardeal do Sol é a MAGNANIMIDADE. A capacidade de brilhar e iluminar os outros ao seu redor. A virtude de brilhar pelo reto pensar, reto falar e reto agir. Assim como o orgulho é o pior de todos os vícios, a magnanimidade é a maior de todas as virtudes.
São Thomas de Aquino determinou sete características como inerentes ao orgulho:
Jactância – Ostentação, vanglória, elevar-se acima do que se realmente é.
Pertinácia – Uma palavra bonita para “cabeça-dura” e “teimosia”. É o defeito de achar que se está sempre certo.
Hipocrisia – o ato de pregar alguma coisa para “ficar bem entre os semelhantes” e, secretamente, fazer o oposto do que prega. Muito comum nas Igrejas.
Desobediência – por orgulho, a pessoa se recusa a trabalhar em equipe quando não tem suas vontades reafirmadas. Tem relação com a Preguiça.
Presunção – achar que sabe tudo. É um dos maiores defeitos encontrados nos céticos e adeptos do mundo materialista. A máxima “tudo sei que nada sei” é muito sábia neste sentido. Tem relação com a Gula.
Discórdia – criar a desunião, a briga. Ao impor nossa vontade sobre os outros, podemos criar a discórdia entre dois ou mais amigos. Tem relação com a Ira.
Contenda – é uma disputa mais exacerbada e mais profunda, uma evolução da discórdia onde dois lados passam não apenas a discordar, mas a brigar entre si. Tem relação com a Inveja.

ACÍDIA (Preguiça)

Isto provavelmente quase ninguém entre vocês deve saber, mas o nome original da Preguiça é Acídia. Acídia é a preguiça de busca espiritual. Quando a pessoa fica acomodada e passa a deixar que os outros tomem todas as decisões morais e espirituais por elas. É muito fácil de entender porque a Igreja Católica substituiu a Acídia pela Preguiça dentro dos “sete pecados”! trabalhar pode, mas pensar não !!!
A preguiça está ligada diretamente à LUA. Mas você já devia ter desconfiado disso… qual o dia da semana onde sentimos mais as influências destas energias? Moonday.
A virtude cardeal relacionada com a Lua é a HUMILDADE. É necessário lembrar que estamos sempre falando em termos espirituais dentro da alquimia. Em sua origem, a Humildade (Humilitas) está relacionada a “fazer o seu trabalho sem esperar reconhecimento e sem esperar por recompensas”. Humilde não é sinônimo de “coitadinho”, de “idiota”, de “pobrezinho” e outras tolices que vocês foram forçados a engolir por causa da Igreja. Uma pessoa humilde não precisa (nem deve) ser um pateta. “Cordeiro Humilde” nas palavras de Yeshua significa “Aquele que tem as características de Áries e faz o seu trabalho sem esperar reconhecimento”. Bem diferente do coitadinho medíocre que a Igreja espera que você seja.
São Thomas de Aquino determina sete características como filhas da acídia.
Desespero – quando o homem considera que o objetivo visado se tornou impossível de ser alcançado, por quaisquer meios, gerando um abatimento que domina o seu afeto.
Pusilanimidade – covardia, falta de ânimo, falta de coragem para encarar um trabalho árduo e que requer deliberação.
Divagação da mente – é quando um homem abandona as questões espirituais e se instala nos prazeres exteriores, permanecendo com sua mente rondando assuntos do âmbito material.
Torpor – estado de abandono onde a pessoa ignora a própria consciência.
Rancor – ressentimento contra aqueles que querem nos conduzir a caminhos mais elevados, o que acaba gerando uma agressividade. Está relacionado à Ira. Posso ver muito de rancor em relação aos textos ateístas e outros textos religiosos mais fanáticos..
Malícia – desprezo pelos próprios bens espirituais, resultando em uma opção deliberada pelo mal. Está ligada diretamente ao materialismo e á Luxúria. Hoje em dia tornou-se sinônimo de sexualidade explícita.
Preguiça – a falta de vontade ligada aos esforços físicos.

IRA

Defeito capital ligado diretamente a MARTE, representado acertadamente pelos Deuses da Guerra. A ira é o mal uso da energia agressiva de marte. Ao invés de direcioná-la para o sexo ou para os esportes, a pessoa canaliza este excesso de energia para a destruição. “Faça amor, não faça a guerra”. Com tantas travas e tabus sexuais, não é de se admirar que fanáticos religiosos sejam tão violentos.
A Virtude cardeal relacionada com marte é a DILIGÊNCIA, ou seja, a capacidade de guiar a energia e a capacidade de produzir de maneira efetivamente produtiva.
São Thomas de Aquino determina seis características inerentes como sendo filhas da Ira:
Insulto – uma forma de violência verbal, na qual o interlocutor visa ofender ou agredir moralmente o atacado, atingindo algum ponto fraco para humilhar o outro.
Perturbação – agitação física e psíquica produzida por emoções intensas e acumuladas. Um dos maiores problemas na psicologia, a tensão das emoções acumuladas pode gerar todo tipo de problemas no organismo.
Indignação – sentimento de ira em relação a uma ofensa ou ação injusta.
Clamor – queixa ou súplica em voz alta, reclamação, gritos tumultuosos de reprovação. Quando a Ira extravasa de uma pessoa para um grupo, como se fosse uma entidade viva (na verdade, astralmente, o Clamor É uma entidade viva, manifestada pelas Fúrias).
Rixa – briga, desordem, contestação, tumulto. A Rixa tem ligação com o Orgulho
Blasfêmia – difamação do nome de um ou mais deuses. A Ira voltada para dentro de si mesmo.

INVEJA

Defeito capital ligado ao Planeta MERCÚRIO. Hoje em dia, as pessoas utilizam-se do termo “inveja” de maneira errada. Seu sentido original quer dizer “Caminhar segundo o passo espiritual de outra pessoa”. Ter inveja de outra pessoa é tomar seu próprio caminho com base nos esforços e resultados obtidos por outras pessoas. A Inveja como a conhecemos hoje é a parte material do defeito.
Por esta razão que a Virtude cardeal associada a Mercúrio é a PACIÊNCIA. A paciência é a capacidade de caminhar (espiritualmente) no seu próprio ritmo. Não é sinônimo de “lerdeza” ou de “calma” ou de “ir devagar”… ir devagar é para gente devagar! Ter paciência é ter a capacidade de avançar nos estudos iniciáticos no seu próprio passo.
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da Inveja:
Exultação pela Adversidade – Diminuir a glória do próximo. Por causa do sentimento de inveja, a pessoa tenta de todas as maneiras diminuir o resultado do trabalho e das glórias das pessoas ao redor.
Detração – Significa falar mal às claras. Possui os efeitos semelhantes aos do murmúrio, com as mesmas intenções, mas mais abertamente. A diferença entre os dois é que a detração está maculada pelo Orgulho de se mostrar como causador do dano.
Ódio – o efeito final da inveja: o invejoso não apenas se entristece pelas conquistas do outro e deseja o fim das glórias e objetivos alcançados pelo próximo, mas passa a desejar o mal sob todos os aspectos para aquela pessoa também.
Aflição pela Prosperidade – A tristeza pela glória do próximo. Ocorre quando não se consegue de nenhuma maneira diminuir as realizações da outra pessoa, então passa a se entristecer com o resultado das conquistas alheias.
Murmuração – Também conhecido como fofoca, consiste em espalhar mentiras, meias-verdades, distorções, mentira (associada à Avareza) ou fatos embaraçosos ou depreciativos em relação a outra pessoa, com o intuito de prejudicar o próximo.

GULA

A gula, como já era de se esperar, era uma característica do Planeta JÚPITER. Júpiter, como o benfeitor da astrologia, rege a fartura e a prosperidade. O defeito é a gula e a virtude é a caridade.
Oras… estamos lidando com Excessos. A Gula é absorver o que não se necessita, ou o que é excedente. Pode se manifestar em todos os quatro planos (espiritual, emocional, racional e material). Claro que a igreja distorceu o sentido original da alquimia, adaptando-a para o mundo material, então hoje em dia, gula é sinônimo apenas de “comer muito”.
A virtude relacionada a Júpiter é a CARIDADE. A caridade lida com a maneira que tratamos nossos excessos. Ao invés de consumi-los sem necessidade, os doamos para quem não os possui. A caridade não está relacionada apenas a dinheiro, mas também aos 4 elementos da alquimia (espiritual, emocional, racional e material). Esta coluna, por exemplo, faz parte dos meus projetos de caridade intelectual.
São Thomas de Aquino determina cinco características inerentes como sendo filhas da gula:
Loquacidade Desvairada – a desordem no falar, o excesso de palavras atrapalhando e causando confusão mental. Está relacionada ao elemento Ar.
Imundície – aparência desleixada devido à falta de higiene por estar preocupado em demasia com a obtenção de excessos. Não tem o mesmo significado desta palavra em nosso vocabulário moderno, onde imundície quer dizer apenas “excesso de sujeira”, mas sim uma imundície espiritual, ligada à falta de cuidado com o corpo físico por conta dos excessos.
Alegria Néscia – desordem do pensamento e das emoções através do descontrole da vontade, muito associada ao ato de beber. Ligada ao elemento Água.
Expansividade Debochada – O excesso de gesticulações e movimentos do corpo ao comunicar, causando tumulto e desordenação.
Embotamento da inteligência – obstrução da razão devido ao consumo desordenado de alimentos.

LUXÚRIA

Defeito capital ligado ao Planeta VÊNUS, quer dizer em seu sentido original “deixar-se dominar pelas paixões”. Em português, luxúria foi completamente deturpado e levado apenas para o sentido físico e sexual da palavra, mas seu equivalente em inglês (Lust) ainda mantém o sentido original (pode-se usar expressões como “lust for money”, “lust for blood”, “lust for power”). A melhor tradução para isso seria “obsessão”. A luxúria tem efeito na esfera espiritual quando a pessoa passa a ser guiada pelas suas paixões ao invés de sua racionalidade. Para chegar ao auto-conhecimento, é necessário domar suas paixões (vide a representação do Arcano da Força no tarot!).
A virtude associada a Vênus é a TEMPERANÇA (do latim temperatia), ou a virtude de quem é moderado.
São Thomas de Aquino determina 8 características inerentes como sendo as filhas da Luxuria:
Cegueira da Mente – é aquela que nos impede de ver os acontecimentos, situações e ações ao nosso redor. A pessoa fica tão entregue às suas paixões que não consegue raciocinar nem intuir a respeito do mundo ao seu redor.
Amor de Si – faz com que a pessoa feche seus sentimentos para dentro de si mesmo, gerando um amor egoísta que segundo Thomas de Aquino é a origem de todos os outros pecados.
Ódio de Deus – com a vontade dominada pelas paixões, o indivíduo abandona a busca espiritual para se dedicar aos afazeres prazerosos mundanos, esquecendo sua busca por Deus no processo. Do esquecimento, estas paixões acabam se tornando ódio ao criador e a todo o mundo espiritual.
Apego ao Mundo – Os vícios e as paixões criam no indivíduo um apego ao mundo e aos seus desejos e ambições, desviando totalmente o foco espiritual de sua missão.
Inconstância – deixar-se dominar pelas paixões faz com que o indivíduo se torna inconstante, balançando sua dedicação à Grande Obra para dedicar-se às perseguições dos prazeres mundanos.
Irreflexão – Quando as paixões cegam o indivíduo, ele fecha-se a todo estímulo externo ou interno, procurando apenas satisfazer seus instintos, sem refletir nas conseqüências de seus atos.
Precipitação – da mesma forma, a urgência em saciar seus apetites e prazeres gera no indivíduo uma precipitação em agir sem pensar, tomando ações e atos sem o devido pesar.
Desespero em relação ao mundo futuro – os atos mal pensados ou não-pensados causam tantos problemas ao indivíduo que o levam a uma situação de desespero em relação ao seu futuro, quando se vê obrigado a encarar os resultados de suas ações.

AVAREZA

A Avareza (avaritia) é o defeito capital relacionado ao planeta SATURNO. Caracteriza-se pelo excesso de apegos pelo que se possui. Normalmente se associa avareza apenas ao significado materialista, de juntar dinheiro, mas sua manifestação nos outros elementos (espiritual, emocional e mental) é mais sutil e perniciosa. A avareza é a origem de todas as falsidades e enganações.
A virtude associada ao planeta Saturno é a CASTIDADE, ou a pureza dos costumes. Do latim Castitas, quer dizer “de sentimentos puros”. Normalmente a associação errada de “sentimentos puros” com a palavra “castidade” usada da maneira incorreta leva à associação de “abstinência sexual feminina” com “pureza”, esquecendo que esta pureza é Espiritual. A Mãe de Jesus que o diga.
São Thomas de Aquino determina sete características inerentes como sendo as filhas da Avareza:
Mentira – Ao procurar para si coisas que não lhe pertencem, o avaro pode se servir do engano. No desespero para não perder o que possui ou adquirir mais coisas que realmente não necessita, o avaro pode apelar para a falsidade. Se este se verificar através de simples palavras, caracteriza-se a mentira, mas se for através de juramento, então está classificada como Perjúrio.
Quanto ao engano em si: se for aplicado contra outras pessoas, classifica-se como Traição, se for em relação a coisas, classifica-se como Fraude:
Inquietude: Excesso de afã para juntar para si gera excessivas preocupações e cuidados.
Violência: Ao procurar para si bens alheios, o indivíduo pode se servir da violência, tamanha a ganância que possui, ao ver seus desejos negados pelo outro. O sentido esotérico se perdeu e violência hoje em dia é sinônimo de agressão, descaracterizando a razão causadora da agressão.
Dureza de Coração: O excesso de apegos pelo que se tem produz a dureza no coração, pois não permite à pessoa usar de seus bens para socorrer aos irmãos. Para se ser misericordioso, é necessário saber gastar seus bens excedentes.

Lição de Casa:

Utilizando-se da estrela Setenária, São Thomas de Aquino afirma que a bondade divina era tão grande que para cada Defeito Capital existiam DUAS virtudes que poderiam ser utilizadas para combatê-lo. Assim sendo, basta seguir as pontas da estrela para as virtudes associadas dos planetas opostos e meditar sobre quais virtudes podem ser utilizadas para combater os sete pecados capitais.
Agradecimentos à minha querida Soror Thahy, do blog Intensidade.
Extraído de milenar.org
 
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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!!...

Obrigado por assinar minha petição: Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!!

Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:

http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?tSrTTbb

Vamos fazer a mudança juntos,
Valéria

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!

Leia, abaixo, carta de socorro da comunidade Guarani-Kaiowá. Os índios da etnia Guarani-Kaiowá estão correndo sério risco de GENOCÍDIO, com total omissão da mídia local e nacional e permissão do governo. Se você tem consciência de que este sangue não pode ser derramado, assine esta petição. Exija conosco cobertura da mídia sobre o caso e ação urgente do governo DILMA e do governador ANDRÉ PUCCINELLI, para que impeçam tais matanças e junto com elas a extinção desse povo. CARTA:

"Nós (50 homens, 50 mulheres, 70 crianças) comunidades Guarani-Kaiowá originárias de tekoha Pyelito kue/Mbrakay, vimos através desta carta apresentar a nossa situação histórica e decisão definitiva diante de despacho/ordem de nossa expulsão/despejo expressado pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, em 29/09/2012.

Recebemos esta informação de que nós comunidades, logo seremos atacada, violentada e expulsa da margem do rio pela própria Justiça Federal de Navirai-MS. Assim, fica evidente para nós, que a própria ação da Justiça Federal gera e aumenta as violências contra as nossas vidas, ignorando os nossos direitos de sobreviver na margem de um rio e próximo de nosso território tradicional Pyelito Kue/Mbarakay.

Assim, entendemos claramente que esta decisão da Justiça Federal de Navirai-MS é parte da ação de genocídio/extermínio histórico de povo indígena/nativo/autóctone do MS/Brasil, isto é, a própria ação da Justiça Federal está violentando e exterminado e as nossas vidas. Queremos deixar evidente ao Governo e Justiça Federal que por fim, já perdemos a esperança de sobreviver dignamente e sem violência em nosso território antigo, não acreditamos mais na Justiça Brasileira.

A quem vamos denunciar as violências praticadas contra nossas vidas?? Para qual Justiça do Brasil?? Se a própria Justiça Federal está gerando e alimentando violências contra nós. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos aqui acampados 50 metros de rio Hovy onde já ocorreram 4 mortos, sendo 2 morreram por meio de suicídio, 2 morte em decorrência de espancamento e tortura de pistoleiros das fazendas. Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um (01) ano, estamos sem assistência nenhuma, isolada, cercado de pistoleiros e resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia-a-dia para recuperar o nosso território antigo Pyleito Kue/Mbarakay.

De fato, sabemos muito bem que no centro desse nosso território antigo estão enterrados vários os nossos avôs e avós, bisavôs e bisavós, ali estão o cemitérios de todos nossos antepassados. Cientes desse fato histórico, nós já vamos e queremos ser morto e enterrado junto aos nossos antepassados aqui mesmo onde estamos hoje, por isso, pedimos ao Governo e Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas solicitamos para decretar a nossa morte coletiva e para enterrar nós todos aqui. Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a nossa dizimação/extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais.

Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal, Assim, é para decretar a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e para enterrar-nos todos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem morto e sabemos que não temos mais chance em sobreviver dignamente aqui em nosso território antigo, já sofremos muito e estamos todos massacrados e morrendo de modo acelerado. Sabemos que seremos expulsas daqui da margem do rio pela justiça, porém não vamos sair da margem do rio. Como um povo nativo/indígena histórico, decidimos meramente em ser morto coletivamente aqui. Não temos outra opção, esta é a nossa última decisão unânime diante do despacho da Justiça Federal de Navirai-MS.''

Via Miguel Maron

Via Marina Soucasaux Mendes
http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?tSrTTbb

Enviado pela Avaaz em nome da petição de Valéria



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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

ERVAS PARA PROTEÇÃO CONTRA ENERGIAS NEGATIVAS..



            Não dá para nos livramos de toda a inveja do mundo e nem de toda a inveja que há em nossa própria personalidade. Poucos podem fazer também contra a inveja que o outro tem da gente, afinal, quem sente a inveja é o outro e só ele pode administrar esse sentimento. Porém, podemos melhorar nossa auto-estima, passando a emanar amor, e um sentimento de bem estar, atraindo a admiração e o respeito das pessoas.
            Mas, enquanto não conseguimos realizar toda esta transmutação energética, podemos ir usando as ervas, que a Mãe-Natureza tão generosamente nos oferece, para irmos nos protegendo. É claro, que mais uma vez é importante enfatizar que só isso não é o suficiente e que a verdadeira proteção vem de dentro, a partir do autoconhecimento e da auto estima, porém, podemos utilizar as ervas para irmos elevando nossas vibrações, criando um campo energético de proteção ao nosso redor. Seguem algumas dicas:

ALECRIM: Uma das versões do conto "A bela Adormecida" diz que a Bela Adormecida foi acordada pelo príncipe com um ramo de alecrim. Os gregos usavam coroas de alecrim em festas, como símbolo da imortalidade. Por isso, usa-se o alecrim para afastar olho gordo. É também a erva da juventude eterna, do amor, amizade e alegria de viver.
Se colocada debaixo do travesseiro afasta maus sonhos.
É uma erva que tonifica as pessoas e os ambientes. É considerado também um poderoso estimulante natural, favorecendo as atividades mentais, estudos e trabalho. Favorece e fortifica o ânimo e vitalidade das pessoas. No ambiente, agindo em conjunto com arruda, "segura" as energias de inveja, mau-olhado e fofocas. Pode ser usada no vasinho ou queimada seca na forma de defumação. Pode-se tomar banhos fazendo uma infusão com a erva.

ARRUDA E CÂNFORA: Usadas desde a antiguidade para proteger as pessoas do mau olhado, no século XVI deram origem a uma história curiosa: quando morriam em Londres 7.000 pessoas por semana com a peste, e as casas atingidas eram marcadas com uma cruz vermelha, alguns ladrões não se incomodavam, entravam para roubar e não eram atingidos pela peste. O motivo: um famoso vinagre, dos quais um dos principais componentes era a arruda, num galão de vinagre de vinho junto com a sálvia, losna, menta, alecrim e lavanda, temperadas com alho, cânfora, noz moscada, cravo e canela, constituindo um poderoso antisséptico. Essa mistura ficou conhecida como o vinagre dos quatro ladrões.

ARRUDA: é umas das ervas mais poderosas para combater inveja e olho-gordo. A arruda já era conhecida e usada na antiga Grécia e Roma. Foi popularizada no Brasil pelas escravas na época na colonização. Quando colocada num ambiente, além de proteger, emite vibrações de prosperidade e entusiasmo. Podemos ter sempre um galho de arruda junto ao corpo para reter as energias negativas. Não deve ser ingerida.

CÂNFORA: limpa ambientes carregados. Pode ser usada em pastilhas no potinho com álcool ou na forma de incenso.

PATCHOULY: Desperta a intuição, e forças para defesa contra energia negativa. Pode ser usado em óleo essencial no difusor ou na forma de incenso.

SÁLVIA: Para os romanos era erva sagrada, cuja colheita era cercada de rituais. A crendice popular dá conta de que é uma das ervas das feiticeiras, já que protege contra feitiços. É também usada para compor o vaso das sete ervas de proteção. Ainda segundo a crença popular, toda pessoa deve ter um pé de sálvia plantado em casa, mas nunca pelo próprio dono da casa, é melhor pedir para alguém de fora. Dormir com folhas de sálvia sob o travesseiro torna os sonhos realidade. Pode ser usada no vasinho ou pode-se queimar a erva seca e usar como defumador. Pode-se tomar banhos fazendo uma infusão com a erva.

GUINÉ: em um ambiente tem o poder de criar um "campo de força" de proteção, bloqueando as energias negativas e emitindo vibrações otimistas. Atrai sorte e felicidade. Cria uma energia de bem-estar nos ambientes. Usada no vasinho.

COMIGO-NINGUÉM-PODE: o nome da erva já diz tudo. Afasta e quebra todas as energias negativas dos ambientes. Em uso conjunto com espada de São Jorge quebra feitiços, magia e mau-olhado. Além deste superpoderes é uma planta muito bonita para qualquer ambiente. Para ser usada em vasos maiores. Nunca deve ser ingerida.

ESPADA DE SÃO JORGE: por causa de suas folhas pontudas é facilmente associada ao poder de cortar as energias negativas, a inveja, olho-gordo, magia, etc. Alguns dizem que espanta os maus espíritos. Ao cortar as energias negativas, a erva atrai coragem e prosperidade. Para ser usada em vasos maiores, ou plantada em floreiras na frente da casa.

MANJERICÃO: Além do delicioso sabor que passa como tempero da cozinha italiana, o manjericão, quando exposto num ambiente, tem a propriedade de acalmar e trazer paz de espírito a todos. Ao acalmar as tensões, afastamos os pensamentos negativos e nuvens negras. Usado em vasinhos. Pode-se tomar banhos, fazendo uma infusão da erva.

PIMENTEIRA: esta planta combate as energias pesadas e ariscas. É uma planta de vibração estimulante, afrodisíaca, tonificante e atrai boas energias para o amor. Usa-se em vasinhos.

VASO COM 7 ERVAS: Poderosos amuleto contra inveja. Pode se feito pela própria pessoa ou comprado em lojas esotéricas.  Composto por: arruda, guiné, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge, alecrim, manjericão, pimenteira.

SAL GROSSO: retira do ambiente as energias negativas, absorvendo-as. Deve ser renovado sempre, para que não volte a emanar a energia de volta para o ambiente. Pode ser usado em amuletos como vasinhos com sal grosso e pimentinha, velas de sal grosso. Pode ser usado em banhos, diluído em água, jogado no corpo do pescoço para baixo. Após o banho de sal grosso, sempre tomar um banho com alguma erva, para repor as energias, pois o sal descarrega a aura. Pode ser um banho com um chá (coado e morno) feito de alecrim ou sálvia.



POR:  LUCIANA MARTINS é psicóloga, especializada em astrologia e terapias complementares. Trabalha com terapia floral, reiki, reflexologia, aconselhamento astrológico, acupuntura auricular e terapia vibracional.

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

Postado por Antônio Carlos Tanure

A inteligência intelectual identificada pelas letras QI – quociente intelectual, ela caracteriza por ser quanto maior, mais a presença do homem racional que usa de sua racionalidade para solucionar problemas lógicos. Ela é uma inteligência para classificar os indicadores de habilidades e de talentos.

A inteligência emocional – QE ou quociente emocional, ela dá ao homem a percepção tanto de seus sentimentos quanto dos sentimentos de outros. Ela que está mais ligada ao uso dos sentidos e constituindo de fato condição básica para o emprego do QI.

A inteligência espiritual representada abreviadamente por QS – quociente espiritual, com ela que o homem move verdadeiramente em sua vida. Ela é a sua inteligência final, inserindo-se em seu modo de pensar e de agir dentro de um contexto mais amplo, mais simbólico, mais significativo, que avalia o seu caminhar cotidiano. Ela que dá o necessário embasamento ao seu QI e proporciona o eficaz funcionamento de seu QE, em momentos em que ele no aqui agora “aspira por algo” além.

É a inteligência espiritual do homem que enfrenta e procura solucionar a eterna luta entre o bem o mal em momentos de criatividade, quando ele se permite imaginar inúmeras possibilidades, sonhar, aspirar e se superar neste seu jogo finito que procura o Infinito.

A inteligência espiritual é que permite o homem perguntar sobre ele mesmo e se conduzir no cotidiano dentro de varias situações. Portanto, é o QS que operando a partir do centro do cérebro – das funções unificadoras do cérebro, integra-se com as outras inteligências. Através deste quociente que o ser humano torna plenamente intelectual, emocional – e, o ser espiritual que é.

Estas três inteligências procuram funcionar tanto juntas apoiando-se mutuamente, quanto podem funcionar separadamente, com cada uma delas atuando a partir de sua própria área no cérebro.

Com isto o ser humano pode, por exemplo, ter um alto QI ou QS, mas ter um QE baixo, ou ter um alto QI e possuir baixos o QE e o QS, entre outras diferentes situações de coeficientes.

O QS ou o Quociente Espiritual que identifica a inteligência espiritual, sem manter uma conexão necessária com religiões. Portanto, a condição de ter ou praticar determinada religião não garante um QS elevado. Humanistas ou mesmo ateus podem ter um QS muito alto, enquanto muitas “pessoas religiosas” podem tê-lo baixíssimo.

De acordo com o psicólogo Gordon Allport há mais pessoas que passam por experiências com alto QS fora dos limites de instituições religiosas que dentro delas.

As religiões convencionais são um conjunto de regras e de crenças impostas de fora, “herdadas” de sacerdotes, de profetas ou de “livros sagrados” e que são tradicionalmente transmitidas através de gerações.

Mas, o QS é uma capacidade interna, não transferível por alguém ou por alguma coisaUm elevado QS é conseqüência de uma capacidade interna e inata do cérebro e da psique humana, de onde extrai recursos mais profundos do âmago do próprio Universo.

A inteligência espiritual é a inteligência da alma, que com ela a pessoa pode “se curar”, quando se torna verdadeiramente integra.

A descoberta de que o QS fornece à psicologia um modelo que unifica, integra e facilita o dialogo entre a mente e o corpo (entre razão e a emoção), portanto está a exigir o desenvolvimento de um novo modelo psicológico do eu e da personalidade humana.

O “ponto Deus” como centro espiritual interno entre conexões neurais nos lobos temporais do cérebro (já estudado pelo neuropsicólogo Michael Persinger e pelo neurologista Vilayanu Ramachandran) não prova a existência de Deus, mas demonstra que o cérebro evoluiu para fazer “perguntas finais”, ao perceber valores mais amplos, usando-se da sensibilidade e da criatividade humanas associadas a um alto QS.

O trabalho do neurologista e antropólogo Terrance Deacon sobre a linguagem e a representação simbólica demonstra que a pessoa literalmente usa o seu coeficiente espiritual – QS, para desenvolver o seu cérebro, ao instalar ali a fiação necessária para que ela se torne e mostre de fato quem é, fornecendo ao seu cérebro mais potencial para uma nova fiação, que a auxilia cada vez mais em seu crescimento e em sua transformação.

Hoje, o ser humano usa de seu QS inato para abrir novos caminhos e descobrir novas manifestações alem de seus sentidos, como “algo” que possa guiá-lo dentro de si mesmo. A inteligência espiritual é a inteligência da alma, que com ela ele pode verdadeiramente “se curar” – se tornar um ser totalmente íntegro.

O QS é usado pelo homem em varias formas de criatividade, por exemplo, quando ele necessita se tornar mais flexível – menos neurótico e menos agressivo, procedendo espontaneamente de forma mais equilibrada, ou em situações que o permite lidar melhor em momentos de sofrimento como nas doenças.

Portanto, é a inteligência espiritual que dá ao ser humano a capacidade de lidar com seus problemas existenciais, dando-lhe o profundo sentido o que significam “as lutas da vida”.

O QS é o guia da borda do ser humano, é a sua consciência conduzindo-o entre a ordem e o caos, entre o que ele intui que deve querer, mas ao mesmo tempo se vendo totalmente perdido. É a sua inteligência espiritual permitindo-o integrar o intrapessoal e o interpessoal, ao extrapolar o imenso fosso entre ele e o outro.

Para ter um alto QS não importa que a pessoa seja ou não religiosa, porque isto não vem ao caso.

A inteligência espiritual é baixa na sociedade moderna, porque esta se constrói por excessos, como o do materialismo, o do procedimento de pouco usar e de muito descartar, do egocentrismo gerador da ausência de uma responsabilidade coletiva.

Vivenciar o espiritual é se abrir para “algo” maior, que implica a percepção do sentido de uma inteireza mais profunda – mais cósmica, quando o menor ato que seja é percebido como parte de um processo mais amplo, mais universal, não alcançado pelo Ql.

Procurar viver a vida na Vida não é um ato racional e nem puramente emocional. Não basta o homem possuir felicidade no contexto atual, já que ele quer questionar cada vez o próprio contexto – ou, o valor da maneira como vive com “o seu sentido de felicidade”. Neste seu questionamento é que as suas perguntas sinalizam para ele, a sua necessidade de usar a inteligência espiritual.

A sociedade atual perdeu o senso dos valores fundamentais. Ela espiritualmente se atrofiou, quando vive o imediatismo, o apenas visível e o pragmatismo, perdendo a maneira de estar (ser) em níveis mais profundos de uma linguagem mais simbólica, de um proceder mais universal.

No mundo moderno comunidade compartilhada não mais existe para a maioria da população urbana, que realmente subnutrida neste sentido, procura na camada do ego – do eu, os recursos que ela não tem.

O homem moderno vivencia si mesmo como estando apenas no mundo e não como sendo do mundo, não como parte também de outras pessoas, da natureza, do meio ambiente e de tudo mais. Ele busca satisfação como estivesse bebendo cerveja e com ela todos os apelos inerentes de sua propagada. Ele dilacera a terra buscando o conforto e tirando dela o que julga ser lucro. Ilusoriamente, ele assimila uma linguagem religiosa ultrapassada, achando que ela reflete valores d’alma.

A cultura do homem moderno tornou-se estúpida, literalmente sem sentido. Palavras como alegria, felicidade, divino, compaixão, transcendência e amor, entre tantas outras que deveriam refletir a verdadeira riqueza da alma humana e também um significado maior ou mais universal, o sentido delas foi deturpado.

Chega ser trágico-cômico, quando o homem ao ser comparado com alguns animais selvagens sanguinolentos predadores, ele recebe esta comparação como elogio e se for comparado com alguns animais herbívoros em sua mansuetude (domésticos ou não), esta comparação para ele é um insulto.

Mas, através da inteligência espiritual a mente humana pode ser trabalhada e conduzida para outro patamar de sensibilidade e de percepção – para outro nível de consciência.

A humanidade vive em “um fértil” período de pesquisas cientificas e de resultados (e também do pseudo-cientificismo), que exige para muitas perguntas, muitas respostas e cuidadosas argumentações.

O que existe na natureza do cérebro, que poderia dar à mente acesso à inteligência ou à consciência situadas alem do cérebro individual ou das estruturas neurais? Em relação à neurologia e à física, o que significa o fato de que o eu ao nível do ego possa ter acesso a alguma camada mais profunda do conhecimento? O que permite o ser humano se tornar biologicamente equipado pelo seu cérebro para ser uma criatura espiritual?

Para muitas destas perguntas algumas ficarão sem respostas, pelo menos por enquanto.
Entretanto, para outras as respostas buscadas são possivelmente encontradas.

Determinado tipo de organização neural permite o ser humano realizar um pensamento racional, lógico, baseado em regras através do QI (inteligência intelectual). Outro tipo de organização permite que ele realize pensamento associativo, reconheça padrões e seja emotivo através do QE (inteligência emocional). E um terceiro tipo de organização neural proporciona a ele o pensamento criativo, capacidade de insights, formulação e revogação de regras. Esta capacidade é inerente ao QS ou à inteligência espiritual.

Para que se entenda em grande parte o que venha ser QI, QE e QS, é antes necessário que se compreenda os diferentes sistemas de pensamento do cérebro e sua organização neural, porque é o cérebro que produz e estrutura os pensamentos, que permite o ser humano ter emoções e ainda servir à sua vida espiritual através do senso de sentido, de valores e de contextos apropriados com os quais ele pode compreender suas experiências cotidianas.

As fibras neurais que partem do cérebro humano espalham por todas as regiões do corpo, servindo como “ponte entre a vida interior” e o mundo externo e, se o cérebro é capaz desta façanha, porque é complexo, flexível, adaptativo e auto-organizador.

A criança quando nasce ela possui os requisitos básicos apenas para se conservar viva, portanto com as suas conexões neurais direcionadas para regular sua respiração, seus batimentos cardíacos e sua temperatura corporal, entre outras necessidades básicas. Portanto, sem ela conseguir formular conceitos ou emitir sons coerentes, que só vão surgindo com o tempo, quando experienciando no mundo em sua volta, o seu cérebro vai paralelamente sendo formado com novas conexões neurais.

Na medida em que ela for crescendo e que mais complexas e exigentes forem as suas experiências, maior e mais complexo será também o labirinto de conexões neurais, que em seu cérebro vai se formando.

Os neurônios funcionam como dispositivos de sinalização, de maneira parecida com os elementos eletrônicos em um computador. E pensamento em serie que é gerado lembra muito o tipo de processamento feito por muitos computadores. Grande parte do pensamento que o homem usa em seu cotidiano, ela é do tipo serie ou de QI (coeficiente intelectual). A aritmética mental constitui para este caso um exemplo simples.

A fase inicial de qualquer projeto implica decompor um problema simples, para em seguida prever as relações causais que surgirão. As vantagens do pensamento em serie e da inteligência intelectual estão no fato de serem exatos e precisos.

O pensamento associativo está na origem da maior parte da inteligência puramente emocional, está como o elo entre uma e outra emoção, entre emoções e sensações corporais e emoções e meio ambiente. É o pensamento com o coração e com o corpo, porque o QE embora seja normalmente tido como a inteligência emocional, é também a inteligência do corpo, usada com grande efeito tanto por um atleta talentoso como por um pianista também talentoso.

Como o pensamento associativo é tácito a pessoa tem dificuldade de compartilhá-lo com outra pessoa, Cada uma aprende uma habilidade à sua própria maneira. Não existem dois cérebros que tenham as mesmas conexões neurais, como também não existem duas pessoas que tenham a mesma vida emocional, portanto uma pode reconhecer a emoção da outra, sentir ou não por esta emoção empatia, mas não a tem.

O ser humano consciente é aquele que tem consciência de suas experiências e, tem consciência que tem consciência. E, ele reage a estas experiências, podendo expressar com vários tipos de sensação, porque é dotado de um tipo de pensamento criativo, intuitivo e capaz de insights.

Estudos com EEG – eletroencefalografia ou o estudo do registro gráfico das correntes elétricas desenvolvidas no encéfalo, que foram realizadas durante praticas meditativas, os cientistas detectaram em grandes áreas do cérebro ondas cerebrais cada vez mais coerentes de varias frequências (incluindo 40 Hz).

Nestas ocasiões as experiencias que estes pesquisadores descrevem como o conteúdo da consciência entrando em estado de unidade, ele é acompanhado pela unidade das oscilações neurais.

"Senso de ressurreição"  é medido pelo tamanho vivencial da inteligencia espiritual. Não é só um estado mental, mas uma forma de saber, um modo de ser, uma transformação completa em relação ao entendimento e à vida.

O que transcende é que leva a pessoa para alem do momento presente de suas sensações também presentes. Leva-a aos limites de seu conhecimento e de experiências, que são postos em um contexto mais amplo. Dá-lhe uma prova do sentir do extraordinário, do Infinito dentro dela ou do mundo ao seu redor. A pessoa que já experimentou este momento chama-no de “Deus”.

Já se sabe que as oscilações neurais estão associadas a campos elétricos existentes no cérebro, gerados por numerosos dendritos que oscilam em sincronia, mas que não chegam a disparar.

O cérebro da pessoa que está sonhando, dissocia em sua maior parte da atividade muscular e do pensamento racional do ego. Foi esta constatação que Llinás e sua equipe concluíram. Que a mente é um estado intrínseco ao cérebro e não um subproduto da experiência sensorial. Quando a pessoa sonha o cérebro “desliga” do mundo externo e atende aos seus próprios processos internos.

Llinás sugeriu também que o mesmo acontece com ela durante o devaneio, o transe e os estados alucinatórios, quando a mente se ocupa com seus próprios processos internos e não com o mundo externo. E neste caso, de onde vem a mente?

A primeira explicação é conhecida como posição dualista, que admite no Universo existirem basicamente duas realidades. Neste caso, existem duas substancias distintas, uma obedecendo às leis da física que é a matéria e a outra fora da esfera da física é a mente (diretamente relacionada à consciência).

A outra circunstância tendo em vista a teoria pampsíquica sobre a origem da consciência, levaria a uma forma imensa de transcendência da mente e à inteligência espiritual. Por esta teoria segundo a qual toda matéria é viva e/ou possui uma natureza psíquica análoga à do espírito humano, se as oscilações neurais no cérebro forem uma versão coerente de uma propriedade fundamental que permeia todo o universo, então o QS inseriria o ser humano não só na vida, mas no próprio coração do universo, tornando-o filho não só da vida, mais ainda do Cosmo.

A teoria quântica foi uma das quatro novas ciências do século passado, mas ela continua muito presente nos dias de hoje, através de aplicações praticas do conhecimento que dela derivara.

A física quântica torna-se necessária quando se pergunta: por que é o cérebro que tem a capacidade especial de transformar fragmentos protoconscientes em consciência plenamente desenvolvida? A consciência é um fenômeno particularmente unificado? Por que todos os neurônios individuais implicados em uma experiência consciente oscilam coerentemente a 40 Hz, comportando-se, por exemplo, quando muitas vozes individuais transformam harmonicamente como uma única voz do coro?

O ser humano não está só. A inteligência não o isola na esfera estreita da experiência do ego. Nem mesmo ao nível da experiência coletiva – da espécie humana. Existe um contexto mais amplo de sentido e de valor dentro do qual se pode inserir a experiência humana. E esta perspectiva torna-se muito mais vasta e interessante, se houver uma dimensão quântica do QS – da inteligência espiritual.

Se a protoconsciência (proto: anterior, primeiro) é uma propriedade fundamental do universo, então também uma protoconsciência no campo de Higgs e no vácuo quântico que pode ser responsável pela energia escura do universo, se transforma em algo muito parecido ao que muitos denominam de “Deus imanente” – Deus dentro de Tudo.

E, neste caso, as oscilações neurais de 40 Hz que culminam na consciência do homem e em sua inteligência espiritual, têm suas raízes em nada menos do que em “Deus”, que é o verdadeiro centro do eu e o sentido final de toda a existência.

Desde o início da atual civilização o homem vem comunicando com Deus, deuses e “daimons”.

Recentemente, no início da década de 1990, o neuropsicólogo canadense Dr. Persinger pesquisador da Laurentian University, que não é um homem religioso, sentiu diretamente esta comunicação, quando colocou em volta de sua cabeça um estimulador magnético transcraniano. Este dispositivo dirige um campo magnético poderoso e em rápida flutuação para pequenas aéreas selecionadas do tecido cerebral.

Este cientista ajustou o estimulador para atuar diretamente sobre os lobos temporais de seu cérebro, para que ele pudesse “ver” Deus… E ele “viu!.”… Ele percebeu (mentalmente) “o além” do mundo físico, quando estimulou artificialmente os seus lobos temporais através da atividade do campo magnético que foi gerado. Ele pôde com esta “visão” não física isolar e investigar ligações associadas a diferentes tipos de experiências (místicas) como viagens fora do corpo e regressão a vidas passadas, entre outras tidas como mais diretamente ligadas à “presença do divino”.

Em grande parte deste tipo de pesquisa o estimulo dos lobos temporais desencadeia uma ou mais experiências extra-físicas. Os lobos temporais estão estreitamente ligados ao sistema límbico – ao centro das emoções e à memória, no cérebro. Também, nesta estrutura cerebral estão presentes a amídala uma estrutura pequena em forma de noz situada no centro dela e o hipocampo essencial para registrar experiências associadas à memória. Estes dois pontos no cérebro quando estimulados, ocorre o aumento da atividade dos lobos temporais.

Particularmente em relação ao hipocampo, quando ele é estimulado e mesmo que a maioria destas experiências espirituais dos lobos leve apenas alguns segundos, elas podem produzir uma intensa e duradora influencia emocional por toda a vida da pessoa, muitas vezes descrita como “transformadora de sua vida”.

O envolvimento do sistema límbico demonstra a importância do fator emocional na experiência espiritual, em contraste com a mera crença, que pode ser inteiramente intelectual.

Cérebro humano

Dr. Persinger e seu colega neurobiólogo Ramachandran deram à área dos lobos temporais ligadas à experiência espiritual (e religiosa) como o “ponto Deus”. Mas, “este ponto” não será apenas um truque neurológico feito pela natureza em cada ser humano pela sua crença em Deus. Crença que é de alguma maneira útil a ela e aos demais seres humanos?

Grande parte dos estudiosos desta aérea cientifica sugere que o “ponto Deus” surgiu no cérebro para atender alguma finalidade evolutiva, mas ao mesmo tempo acrescenta que ele não prova de forma alguma, que Deus existe ou não.

O certo é que o “ponto Deus” contribui para a experiência espiritual humana e para outras experiências associadas à formação de mitos e da expansão mental.

A simples presença do sentido “do espiritual” não garante que a pessoa pode usá-lo criativamente na vida. Ter um QS alto às vezes não está relacionado em ter capacidade de usar “o espiritual” para trazer um contexto e um sentido mais amplos, que permitam uma vida mais plena de sentido – com mais senso de inteireza, finalidade e direção pessoal. A mera “experiência do espiritual” com o extra-físico, ao contrario, às vezes dê origem mais confusão, desorientação, ânsia indefinível e uma perda concreta de perspectiva.

As percepções e habilidades especiais associadas ao “ponto Deus” têm que estar misturadas às emoções, às motivações e ao potencial de cada um, que devem ser postas em dialogo como o seu centro do eu e à sua maneira especial de se conhecer.

A inteligência espiritual – QS deve representar um todo dinâmico do eu, no qual o eu é uno consigo mesmo e com o todo da criação.

Na verdade todo ser humano conscientemente ou não está em contato com o centro do eu, quando está fazendo uma “visão para dentro”, percebendo a vida em algum contexto mais vasto, quando faz perguntas finais do tipo: de onde vim, qual a minha origem no tempo, que extensão tem a historia da qual sou parte? Este centro está associado às oscilações neurais sincronizadas de 40 Hz já mencionadas, que ocorrem de um lado para outro do cérebro.

O ego é a camada de desenvolvimento mais recente, mais racional do eu. Está ligado a tratos neurais seriais e programas do cérebro, ou seja, ao sistema neural responsável pelo pensamento lógico, racional-consciente e orientado para metas (pensamento a longo prazo), constituindo um conjunto de mecanismo e modos de pensar com os quais o eu conhece seu mundo.

A cultura ocidental é dominada pelo ego, dando realce máximo à pessoa que isolada, tem comumente tomar decisões racionais. Talvez esteja ai o motivo pelo qual de um modo geral, as pessoas com este estilo de vida vivem a partir da periferia de si mesmas, acreditando que neste modelo existencial esteja toda historia de seu eu.

Cada ser humano é verdadeiramente diferente e especial em seu dialogo com sua experiência única, portanto não pode ser identificado por meio de testes, que são muito do agrado da psicologia ocidental.



A maioria dos psicólogos ocidentais acredita que motivos constituem uma mistura do consciente e do inconsciente. Por exemplo, que o pintor está parcialmente consciente do motivo pelo qual quer pintar determinado quadro, mas não conhece plenamente as forças profundas em seu consciente que o impelem a por na tela uma visão jamais vista antes. Muitas vezes também a obra final de um escritor, não foi inteiramente aquela que tinha antes pensado.

Como já foi algumas vezes mencionada, a experiência unificadora do cérebro tem origem nas oscilações neurais de 40 Hz que viajam por todo o cérebro. São estas oscilações que proporcionam um “fundo” sobre o qual ondas cerebrais mais excitadas podem agitar para gerar a intensa armadura da experiência mental consciente e inconsciente humana. Estas oscilações constituem o “centro do eu” – a origem neurológica de onde ele emerge. Por intermédio destas oscilações que o homem insere sua experiência dentro do contexto de sentido e de valor e descobre a finalidade da vida.

A redução do QS é o resultado de problemas de relacionamento com o centro profundo do eu, quando o ser humano “se impede” de absorver (neste nível vibratório) dos “nutrientes” do eu, que transcendem tanto o ego quanto a atual cultura associativa, para penetrar na substancia do próprio ser. Esta dissociação (e mesmo ausência) está cada vez mais presente,sendo conhecida como “doença existencial”.

Psicose maníaco-depressiva, vícios, paranóia, entre outras patologias do campo psiquiátrico e psicológico, elas estão associados a problemas de sentido e de valor, que trazem a incapacidade conseqüente do ser humano de integrar e equilibrar sua personalidade. Estas aéreas de comportamentos doentios humanos que são normalmente tratadas pela psiquiatria e pela psicologia, podem ser também encaixadas dentro da “patologia espiritual”.

Como cultura a humanidade está enlouquecendo. A instabilidade pessoal e coletiva está acontecendo pela forma peculiar de alienação associada ao fato de o ser humano ter se afastado de seu centro – de seu eu mais profundo, vivenciando a alienação do sentido, de valor e da finalidade de seu existir.

A pessoa esquizofrênica que perdeu todo o contado com este seu centro, a voz que brada com ela e que a faz erguer agressivamente uma faca é um demônio. Também é a voz que grita com o alcoólatra para que tome mais aquele trago. Esta voz é energia psíquica desconectada, descentrada e anárquica.

A atrofia espiritual é essencialmente um estado de perda de espontaneidade, que sem ela acontece a consequente lentidão nas respostas ao centro do eu mais profundo, quando então o ego cai na armadilha das posses, das disputas e dos fingimentos.

A ausência da espontaneidade no ser humano não permite ser ele mesmo, por carregar como bagagem excessiva a sua preocupação em relação com a sua forma de ser – à sua aparência. E quando a ausência desta espontaneidade chega a certo ponto que ele não pode mais responder nem mesmo à sua energia psíquica reprimida ou destorcida, ele mergulha no desespero.

Baixo QI deixa o ser humano incapaz de resolver em sua vida os problemas racionais.
O baixo QE leva-o comportar como um estranho frente às situações que enfrenta.
E o QS baixo mutila o próprio ser.

A pessoa deve aprender a viver em harmonia com o mundo a partir de seu centro – de seu eu mais profundo, De viver em total espontaneidade para que com alto QS capacite também obter respostas profundas. Ela deve buscar o QS que a liberta das compulsões e até, pode levá-la mais além, libertando-a do potencial negativo no desespero.

O QS é uma capacidade inata do cérebro humano. É ele que permite a maneira pelo qual a pessoa pode se relacionar com a realidade mais ampla. Ninguém transmite ao outro a luz de seu QS. E, o ego nem sempre percebe a presença dele.

O QS jamais está ausente da pessoa, embora a sua capacidade de percebê-lo e de usá-lo esteja bloqueada. Talvez, esta pessoa esteja à sua procura também de forma distorcida como se fosse “objeto” nos altares, nos púlpitos e em leituras de livros tidos como sagrados.

De acordo com a biologia, a evolução é um processo continuo. Enquanto a Terra puder sustentar a vida, ela estará mudando, evoluindo para dar constantemente origem a novas formas. O mesmo acontece com o cérebro, que está constantemente “refazendo a sua fiação” como resultado de experiências. Ele não é o mesmo hoje em relação ao que era (tinha) antes, porque as oscilações neurais de 40 Hz que possibilitam a existência do QS estão ininterruptamente integrando novas experiências.

Entretanto, até mesmo a vida espiritualmente inteligente só pode oferecer na melhor das hipóteses uma serie de pequenas curas para o momento presente, com o conhecimento maduro de que outros desafios surgirão no futuro – que outras partes “do meu fragmentado” ainda estão à espera de seu aparecimento.

O Principio da Incerteza postulado por Werner Heisenberg constitui o cânone fundamental da teoria quântica, ainda mais do que a Teoria da Relatividade de Einstein que simplesmente questiona o ser humano dentro de sua posição espaço-tempo e a maneira como o percebe.

A realidade quântica descrita por Heisenberg encerra um numero infinito de expressões possíveis, todas elas necessárias e validas de alguma forma. Entretanto, apenas se pode conhecer o aspecto da realidade que se está procurando. As respostas serão sempre respostas às perguntas que são feitas. Portanto, se são feitas perguntas diferentes, serão recebidas respostas diferentes.

Einstein e Heisenberg contribuíram para produzir uma mudança fundamental nas relações do ser humano com a verdade e a ética – aquela construída de cima para baixo, quando antes existia uma tentativa de substituir as certezas perdidas do passado biológico por referencias a um conjunto de verdades imposto de fora.

A verdade depende do ponto de vista de quem o formula, das perguntas que ele resolve fazer. Esta é a verdade de baixo para cima e, de algum modo, ela é fundamental porque nasce de dentro de cada um e que se pode ter acesso apenas com a inteligência espiritual.

Na Teoria do caos a borda é o ponto de encontro entre a ordem e o caos, entre o conhecido e o desconhecido. Na natureza é o ponto no qual criatividade e auto-organização acontecem. Onde novas informações são criadas.

Hoje em dias as pessoas têm que viver na borda, gostando ou não. Elas já não podem simplesmente cobrir com papel as rachaduras da velha tradição e da ética tradicional, mas não devem também se entregar ao relativismo niilista, negando absolutamente a realidade de qualquer verdade.

O QS é um senso de equilíbrio interior, enquanto o QI se orienta por regras e o QE é guiado pela situação na qual a inteligência emocional se encontra, O QS é que “ilumina o caminho” e, por isto, ele é chamado também de “olho do coração”

Para que em sua vida a pessoa se torne espiritualmente mais inteligente no caminho dos cuidados e do carinho, ela tem que ser mais aberta com as pessoas de seu afeto e de seu relacionamento e ainda, com as outras pessoas de um modo geral. Ela tem que ser receptiva e saber escutá-las de maneira atenta através de seu verdadeiro eu – o mais profundo. Ela tem que saber “se abrir”, de se expor, de assumir o risco de se revelar aos seus semelhantes – tem que ser espontânea.

Ela tem que querer ser diferente, ansiar por ampliar em si novos interesses, para que possa pertencer um grupo maior e mais diversificado. Sobretudo, ela deve perceber e buscar um lugar dentro do eu profundo que é luz pura, que é fogo que brilha (queima) dentro dela, que é a fonte de tudo que a alma traz ao mundo.

O ser humano tem na vida que apossar de fato de suas intenções e finalidades, que constituem um tipo profundo de energia psíquica e que impulsionam potencialidades do centro do eu para a superfície – para a camada do ego. Ele tem que se perceber condicionado por motivos, quando age no mundo e sobre o mundo.

Um dos principais critérios da alta inteligência espiritual é ser o que os psicólogos chamam de “independente do Campo”, ou seja, ser capaz de “se erguer contra a multidão” ao defender uma opinião impopular, se nela se acredita profundamente.

A cultura da atual civilização é uma cultura de grupos, portanto é encorajada pela mídia para se ter os mesmo pensamentos e as mesmas opiniões, com a produção restringindo para determinadas faixas de gosto, que são realçadas pela publicidade – e, analogamente para uma cultura de moda.

É uma cultura sectária, separando uma pessoa da outra. Separando a pessoa que é diferente. Ela ainda isola a pessoa da natureza em geral – de outras criaturas vivas.

A inteligência espiritual requer que o ser humano se tone consciente de seu eu profundo e se enraíze neste centro da sua própria existência.

Obter alto QS – inteligência espiritual, requer também que a pessoa viva em constante espontaneidade, que seja profundamente honesta com ele mesma – profundamente consciente de si mesma. Requer também que ela enfrente opções e que compreenda que às vezes as opções são difíceis.

O alto QS requer ainda a mais profunda integridade pessoal. Exige do ser humano a capacidade de “se rejuntar”, recolhendo as partes que para ela foram (e são) dolorosas ou difíceis de possuir. Que ele se abra para a experiência de recapturar a sua capacidade de ver com novos olhos a vida e os outros, como seus olhos fossem agora olhos de uma criança. Que ele deixe de procurar refugio no que conhece e explore constantemente e aprenda com aquilo que ainda não sabe.

Este texto foi escrito em parte com algumas informações extraídas do Livro Inteligência Espiritual – de Danah Zohar e de Ian Marshall.



O ser humano é essencialmente um ser espiritual, condição que ele mostra quando faz a si mesmo três perguntas fundamentais: “quem sou, de onde vim e para onde vou?” “Ser espiritual” é que estimula o homem na vida, quando ele procura dá-la um significado “ao ser criativo” – ao ser Co-criador.


Danah Zohar nasceu e foi educada no Estados Unidos . Ela estudou Física e Filosofia no MIT e pós-graduou em religião, filosofia e psicologia na Universidade de Harvard, onde foi aluna de Erik Erikson. Foi Professora Visitante na Universidade de Cranfield School of Management e no Maquarie University School of Management, em Sydney , Austrália e tem sido professora visitante em Oxford Brookes University. Ela fala regularmente em fóruns de liderança e trabalha com equipes de lideres de todo o mundo. Junto com seu marido e co-autor Ian Marshall ela realiza oficinas para líderes mundiais sobre a importância da inteligência espiritual e de sua ligação com a sustentabilidade. Como uma das pioneiras em estender a linguagem e os princípios da física quântica em uma nova compreensão da consciência humana, psicologia e organização social, Danah Zohar escreveu O Ser Quântico, Sociedade Quântica e Religação Corporativa do Cérebro. Mais recentmente ela escreveu mais dois outros inovadores livros (co-autoria com Ian Marshall): Inteligência Espiritual – a Inteligência Suprema e Capital Espiritual. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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