sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Autoconhecimento; Base da Sabedoria, Libertação...


Autoconhecimento; Base da Sabedoria, Libertação (Seleta de Krishnamurti)

Autoconhecimento

…respondendo a estas perguntas, gostaria de dizer que não estou persuadindo vocês a pensar como eu. Estamos tentando descobrir a resposta correta juntos. Não estou respondendo apenas para vocês aceitarem ou negarem. Vamos juntos descobrir o que é verdadeiro, e isso requer uma mente aberta, uma mente inteligente, uma mente inquisitiva, uma mente alerta; não uma mente tão preconceituosa que simplesmente nega, ou tão ansiosa que aceita.
E, ao responder a estas perguntas, uma coisa fundamental deve-se ter em mente. É que elas são meramente um reflexo dos caminhos de nosso próprio pensar, elas nos revelam o que pensamos. Elas deveriam agir como um espelho onde percebemos a nós mesmos. Afinal, estas discussões, estas palestras, têm um único propósito que é a busca de autoconhecimento. Pois, como eu disse, só conhecendo a nós mesmos primeiro, profundamente, não superficialmente – podemos conhecer a verdade. E é extremamente árduo conhecer a nós mesmos profundamente, não superficialmente. Não é uma questão de tempo, mas uma questão de intensidade; é percepção direta e experiência que são importantes.
- Ojai 9th Public Talk 13th August 1949

O autoconhecimento mediante o relacionamento
O autoconhecimento não se dá em conformidade com nenhuma fórmula. Você pode consultar-se com um psicólogo ou psicanalista para descobrir coisas sobre si mesmo, mas isso não é autoconhecimento. O autoconhecimento surge quando temos consciência de nós mesmos no relacionamento, o que revela o que somos de momento a momento. O relacionamento é um espelho em que podemos ver-nos como realmente somos. Mas a maioria de nós é incapaz de olhar-se tal como é no relacionamento, porque imediatamente começamos a condenar ou justificar aquilo que vemos. Nós julgamos, avaliamos, comparamos, negamos ou aceitamos, mas nunca observamos realmente “o que é”, e, para a maioria das pessoas, isto parece ser a coisa mais difícil de fazer; contudo somente isto é o começo do autoconhecimento.
The Collected Works vol IX p 137

Autoconhecimento; Base da Sabedoria, Libertação
(Seleta de Krishnamurti)

Deveria ser proveitoso descobrirmos qual é a função de nosso pensar, porque, sem a compreensão do processo total do nosso pensamento consciente e inconsciente, a mente não pode estar livre para descobrir o que é verdadeiro. Nosso pensar é evidentemente considerado como o guia da nossa ação, mas nossa ação é atualmente tão automática que dificilmente pode haver, nela, reflexão. (…) (Visão da Realidade, pág. 106)

Por conseguinte, é obviamente importantíssimo, para todos nós, descobrirmos como operam as nossas mentes, o que significa ter autoconhecimento. Se não conhecemos as peculiaridades do nosso pensar; se não estamos cônscios das nossas reações e de como está condicionado o nosso pensamento (…); se a mente não investigar a fundo as bases de seu funcionamento (background) ou seja o “eu”, o “ego”, então não há dúvida de que todos os conhecimentos, exceto talvez os mecânicos, serão prejudiciais e maléficos. (Idem, pág. 107)

Ora, que é pensar? Pode o pensamento ser original, ou é sempre um processo de repetição, reação do fundo? Pode o pensamento levar-nos à realidade, Deus, àquela coisa extraordinária que se acha além do processo da mente e a que chamamos de realidade final e absoluta, ou é o pensamento um obstáculo ao descobrimento dessa realidade? (Idem, pág. 107)

Não há dúvida de que o que chamamos pensar é reação da memória. Isso é bastante óbvio. Fostes educados numa certa tradição, como hinduísta, cristão, budista, comunista, (…) tendes várias associações, memórias, crenças, e esse background reage a qualquer desafio, chamando-se isso de “pensar”. O background, por conseguinte, não é diferente do pensar; o pensamento é o background. (…) Reagis de acordo com vosso background especial (…) (Visão da Realidade, pág. 119-110)

(…) Essa mente só é capaz de experimentar aquilo para que foi condicionada. Se a mente não estiver livre de todo e qualquer condicionamento, sua busca será meramente uma reação sociológica e a mente só descobrirá aquilo para que foi condicionada. Como poderei então libertar-me do condicionamento? Existe uma entidade que me ajudará a libertar-me do condicionamento? Isto é, existe em mim um pensador (…) não contaminado pelo meu condicionamento? (Idem, pág. 110-111)

Vede, até agora, temos presumido existir um pensador separado do pensamento (…) Estamos afeitos à idéia de que há dois processos separados, sendo um deles um estado permanente, como pensador, analista, observador, e o outro, o movimento do pensamento. (…) Não há dúvida, o pensamento cria o pensador, e não é o pensador que cria o pensamento. Importa muito que cada um compreenda isso por si mesmo (…) (Idem, pág. 111)

Porque a mente, o cérebro que for incapaz de verdadeiramente, desapaixonada e objetivamente - olhar, observar, sentir, perceber, com perfeito equilíbrio, de maneira sã, não pode evidentemente ir muito longe. Desse modo, cumpre-nos descobrir o que é pensar e (…) a contradição existente entre o pensador e o pensamento. (A Mutação Interior, pág. 72-73)

Como há de conhecer-se o indivíduo a si mesmo? Ele próprio é uma estrutura (…), um movimento muito complexo; como há de conhecer-se sem enganar-se a si mesmo? Só podemos conhecer-nos em nossa relação com os outros. Nessa relação (…) pode-se descobrir que se é ciumento, dependente (…) Por conseguinte, a relação atua como um espelho, no qual pode cada um conhecer a si mesmo. Igual coisa ocorre externamente; o externo é um reflexo dele próprio (…) (La Totalidad de la Vida, pág. 217-218)

Só podemos compreender algo se olhamos “o que é” e não fugimos dele, se não tentamos convertê-lo em alguma outra coisa. É possível permanecer com “o que é”, observá-lo, vê-lo - e nada mais? Dou-me conta de que sou cobiçoso (…) A cobiça é um sentimento, e eu a hei observado (…) A palavra não é a coisa (…) (Idem, pág. 219)

“O que é” só pode ser observado quando há “eu” (…) No momento em que o cérebro opera, há distorção. Olhem algo sem mover os olhos e vejam como o cérebro se aquieta. Observa-se, então, não só com os olhos, senão com toda a atenção, afeição. Então há observação do fato - não a idéia do fato. Aborda-se “o que é” com solicitude, dedicação, e, portanto, não há juízo (…) condenação; por conseqüência, está-se livre dos opostos. (Idem, pág. 220-221)

Mas se puderdes observar as operações de vossa mente, sem tendência para julgar, avaliar, sem condenação ou comparação - observar simplesmente, como se observa uma estrela, desapaixonadamente, tranqüilamente, sem ansiedade - vereis então que o autoconhecimento não depende do tempo, não é processo de penetração do inconsciente (…) (Da Solidão à Plenitude Humana, pág. 54)

(…) Quando há autoconhecimento completo, o conhecido termina, e a mente fica completamente vazia do conhecido. Só então a verdade pode vir a vós, sem ter sido chamada (…) (Que Estamos Buscando?, pág. 16)

(…) A compreensão de nós mesmos não se consegue pelo processo de nos retirarmos da sociedade (…) Se vós e eu nos dedicarmos a estudar o assunto ( … ), veremos que só podemos compreender a nós mesmos em relação e não no isolamento. (…) (Que Estamos Buscando?, pág. 100)

(…) Viver é estar em relação. É só no espelho das relações que compreendo a mim mesmo - o que significa que devo estar sempre sobremodo atento, em todos os meus pensamento, sentimentos e ações na vida de relação. (…) (Idem, pág. 100)

(…) O autoconhecimento não se baseia em idéias, crenças ou conclusões. Deve ser uma coisa viva, porque, do contrário, não é autoconhecimento, e sim mero conjunto de conhecimentos. Há diferença entre o conhecimento de fatos, que é saber, e a sabedoria, que é o conhecimento dos processos dos nossos pensamentos e sentimentos. (…) (Nosso Único Problema, pág. 18)

Para descobrirmos o processo total do autoconhecimento, temos de estar muito vigilantes nas relações com os outros. As relações são o único espelho que temos, um espelho que não desfigura, (…) no qual podemos ver, com toda a fidelidade, o nosso pensamento desdobrar-se. (…) O isolamento, sem dúvida, impede a compreensão das relações: relações com as pessoas, com as idéias, com as coisas. (…) (Idem, pág. 18)

(…) Surge o autoconhecimento ao investigarmos e experimentarmos as tendências dos nossos próprios pensamentos, sentimentos e atos, o que significa estarmos cônscios de nosso “processo” total nas relações, instante a instante. (…) (A Arte da Libertação, pág. 24-25)

É muito difícil para uma pessoa (…) lançar fora tudo isso e pensar de maneira simples, por si mesma, e descobrir. Ela não poderá pensar de maneira simples, se não conhecer a si mesma, se não tiver autoconhecimento. E ninguém pode dar-nos o autoconhecimento - nenhum instrutor, nenhum livro, nenhuma filosofia, nenhuma disciplina. O “eu” está num movimento constante; enquanto ele vive, precisa ser compreendido. (Transformação Fundamental, pág. 81)

E só pelo autoconhecimento, só pela compreensão do processo do meu próprio pensar, observado no espelho de cada reação, posso descobrir que, enquanto houver qualquer movimento do “eu”, da mente, em direção a um objetivo - Deus, a verdade, a Paz - essa mente não é uma mente quieta, pois está querendo realizar, apanhar, alcançar certo estado. Se houver qualquer espécie de autoridade, de compulsão, de imitação, a mente não pode compreender. (…) (Idem, pág. 81)

Um guru, portanto, não é essencial. Muito ao contrário, o guru é um empecilho. O autoconhecimento é o começo da sabedoria. Nenhum guru pode dar-vos o autoconhecimento; (…)(Nosso Único Problema, pág. 12)

(…) Do autoconhecimento provém o pensar correto e, portanto, a ação correta, a qual, com efeito, é extraordinariamente simples quando estamos vigilantes (…) Entretanto, é só por meio do autoconhecimento, o conhecimento de tudo quanto fazemos, pensamos e sentimos, que podemos fazer nascer a ordem e a paz (…) (Uma Nova Maneira de Viver, pág. 209)

(…) Sem autoconhecimento, não podemos passar além das projeções ilusórias da mente. O autoconhecimento (…) implica não somente a ação nas relações entre um indivíduo e outro, mas também a ação das relações com a sociedade; e não pode existir uma sociedade completa e harmoniosa sem esse autoconhecimento. (…) (Solução para os nossos Conflitos, pág. 39)

E preciso compreender (…) Para a maioria de nós, a experiência é uma reação, é a “resposta” de nossa memória a um desafio. Essa memória (…) pode ser antiga ou moderna, superficial ou profunda (…) As novas experiências vão sendo acumuladas, armazenadas e tornam, assim, cada vez mais forte o background. (O Homem e seus Desejos em Conflito, 2ª ed., pág. 166)

Ora, quando há um “clarão de compreensão”, isso não constitui nenhuma “resposta” daquele background. Nesse momento, o background se mantém em silêncio. O “clarão de compreensão” não é contínuo, não é permanente. (…) O clarão de compreensão só pode ocorrer na mente alerta; e que continua alerta, mesmo quando nenhum clarão ocorre. Essa mente está sempre desperta, vigilante (…) vendo tudo o que se passa - isso é bem mais importante do que aguardar o clarão da compreensão. (Idem, pág. 166)

(…) O compreender-nos requer paciência, tolerante vigilância; o “eu” é um livro de muitos volumes e não podeis lê-lo num só dia, mas, iniciada a leitura, deveis ler cada palavra, cada frase, cada parágrafo, pois neles está a revelação do todo. O seu começo é também o seu final. Se souberdes lê-lo, achareis a suprema sabedoria. (Autoconhecimento, Correto Pensar, Felicidade, pág. 82)

(…) No autoconhecimento, o primeiro passo é o último passo, o começo é o fim. (…) Ninguém pode ensinar-vos “autoconhecimento”: vós tendes de descobri-lo sozinho; (…) (Visão da Realidade, pág. 164)

Quanto mais uma pessoa se conhece, tanto mais clareza existe. O autoconhecimento é infinito; nunca se chega a um arremate, (…) a uma conclusão. É um rio sem fim. Estudando-o e penetrando-o mais e mais, encontramos a paz. Só quando a mente está tranqüila - em virtude do autoconhecimento e não de autodisciplina imposta, só então, nessa tranqüilidade, nesse silêncio, pode manifestar-se a realidade. Só então pode haver bem-aventurança, ação criadora (…) (A Primeira e Última Liberdade, 1ª ed., pág. 31)

(…) Por conseguinte, o autoconhecimento é o começo da sabedoria. A sabedoria não se compra nos livros; a sabedoria não é experiência, (…) não é acumulação (…) de virtude, nem o evitar o mal. A sabedoria só vem pelo autoconhecimento, pela compreensão (…) de todo o processo do eu. (Viver sem Confusão, pág. 32)

Há grande alegria no compreendermos e descobrirmos o que somos, o integral conteúdo de nós mesmos, minuto a minuto. O autoconhecimento é o começo da sabedoria. Sem autoconhecimento nada podeis conhecer - ou, se conheceis algo, dele fareis mau uso. (…) Se observais passivamente, a coisa que observais começa a desdobrar-se e há então compreensão, a qual se renova momento a momento. (Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 78-79)

(…) A verdade só está presente na mente de todo silenciosa. A verdade não é coisa que possa ser procurada, experimentada, conservada e adorada. Só é possível “experimentar” o atemporal, quando a mente está liberta de todo condicionamento. Assim, o autoconhecimento é a compreensão do condicionamento. (Idem, pág. 136-137)

É por isso que, como disse, importa compreender o processo, as tendências de nosso pensar. O autoconhecimento não pode ser adquirido de outra pessoa, de um livro, de uma crença, da psicologia, ou do psicanalista. Ele tem de ser achado por vós mesmos, porque é vossa vida; e sem ampliar e aprofundar esse conhecimento do “eu”, o que quer que façais (…) será sempre um terreno propício ao desespero, à dor e ao sofrimento. Para ultrapassardes as atividades egocêntricas da mente, precisais compreendê-las; e compreendê-las significa estar cônscio da ação na relação (…) com as pessoas e as idéias. (…) (Solução para os nossos Conflitos, pág. 72)

Afinal, se desejais compreender qualquer coisa, precisais ficar numa disposição passiva (…) Precisais ficar num estado de sensibilidade suficiente para receberdes o seu conteúdo. (…) Nesse processo, começamos a compreender a nós mesmos - não apenas as camadas superficiais de nossa consciência, mas também as camadas mais profundas, o que é muito mais importante, porque lá estão todos os nossos impulsos ou intenções, ocultas pretensões, ansiedades, temores e apetites. Externamente, podemos ter todas essas coisas sob controle, mas, interiormente, estão em efervescência. (…) (Solução para os nossos Conflitos, pág. 76-77)

(…) Assim, pois, o começo da liberdade está no autoconhecimento, e o autoconhecimento não se acha na fuga à vida, mas, sim, nas relações de nossa existência de cada dia. As relações são o espelho em que nos podemos ver como de fato somos, sem desfiguração alguma; (…) Só então a mente se torna quieta, silenciosa. (…) (Visão da Realidade, pág. 143)

Esse autoconhecimento não pode ser aprendido de outrem. Eu não posso dizer-vos o que ele é. Mas pode-se ver como a mente opera, não apenas a mente que está ativa todos os dias, porém a totalidade da mente - a mente consciente e a mente oculta. Todas as numerosas camadas da mente têm de ser percebidas, investigadas, mas não pela introspecção. A auto-análise não revela a totalidade da mente, porque há sempre a separação entre o analista e a coisa analisada (…)(Da Solidão à Plenitude Humana, pág. 54)

Sem sondarmos profundamente em nós mesmos, é impossível o autoconhecimento. (…) Sem essa sondagem de nós mesmos, sem essa vigilância profunda, não pode existir compreensão. (…) A função da mente não é apenas de sondar, penetrar, senão também de estar silenciosa. No silêncio, existe compreensão. Nós estamos sempre sondando, porém raramente em silêncio; em nós, são raros os intervalos de tranqüilidade vigilante e passiva. Sondamos e cedo nos fatigamos, porque nos falta o silêncio criador. (…) Se penetrarmos profundamente em nós mesmos e ficarmos, então, tranqüilos, nessa tranqüilidade, (…) receptividade, está a compreensão. (O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 246-247)

Se tendes o laboratório, inteirinho, dentro de vós mesmo, por que quereis “estudar o homem”? Estudai-vos, o ente humano total, toda a complexidade, e beleza, e sensibilidade em vós existentes. (…) Resumis a humanidade. (…) Pensais que, lendo os livros escritos sobre o homem, mergulhando em estudos sociais, vos compreendereis? Não seria muito mais simples começardes em vós mesmo? (…) Em vosso interior, tendes toda a história humana (…) (Palestras com Estudantes Americanos, pág. 37-38)

O relevante é que a mente - resultado do tempo - comece a investigar a si mesma (…) É só quando começa a investigar a si própria que a mente se torna cônscia de seus processos e do significado de seu pensar. (…) Se bem compreenderdes isso, vereis que a mente se tornará sobremodo tranqüila, não apenas a mente consciente, mas também a mente inconsciente, com toda a sua herança, seus motivos, dogmas e ocultos temores. Mas só se verifica essa tranqüilidade total da mente quando há a tremenda energia do autoconhecimento. É o autoconhecimento que traz essa energia (…) (O Homem Livre, pág. 151)

Mas o autoconhecimento não é “cumulativo”, é o descobrimento do que sois de momento a momento. A mente está então tranqüila, e nessa tranqüilidade há grande beleza, da qual nada sabeis. Há nela um espantoso movimento que destrói a germinação da mente. Esse silêncio tem uma atividade própria, seu modo próprio de atuar sobre a sociedade, e ele produzirá ação (…) Graças a essa compreensão, há o verdadeiro “abandono” (passividade) e só então se apresenta esse extraordinário sentimento de silêncio. (Idem, pág. 151-152)

A mente livre do temor é uma mente criadora; e essa mente, graças ao percebimento, (…) ao autoconhecimento, não pode perder a Realidade. A mente só pode ser livre em virtude do autoconhecimento - não o autoconhecimento de especialista, (…) de Ramanuja, ou Buda, ou Cristo; tal conhecimento não é autoconhecimento. (…) Entretanto, não podeis estar cônscios do processo total, ver a plenitude desse percebimento, se comparais, se escolheis (…) (As Ilusões da Mente, pág. 46)

O importante, pois, é que se perceba a verdade num súbito clarão, que se esteja sensível num tão alto grau, que o fato revele instantaneamente a verdade. Mas isso requer muita humildade; (…) (Visão da Realidade, pág. 239)

Assim, essa compreensão de nós mesmos não significa que devamos retirar-nos da vida, ingressando num mosteiro, ou recolhendo-nos em alguma espécie de meditação religiosa. Pelo contrário, compreender a nós mesmos é compreender as nossas relações com as coisas, com as pessoas e com as idéias. (…) (Viver Sem Confusão, pág. 53)

O autoconhecimento, pois, só pode vir pelas relações e não pelo isolamento. Relações significam ação, e o autoconhecimento é resultado de um lúcido percebimento na ação. (…) Não tendes ninguém que vos ensine a maneira de começar - nem guru, nem livro, nem instrutor (…) Só podeis começar por vós mesmos (…) O mero citar autoridades não representa autoconhecimento, descobrimento do “processo” do “eu”, e, por conseguinte, de nada vale. Tendes de começar como se nada soubésseis, pois só assim realizareis um descobrimento fecundo e libertador; só assim, encontrareis, com o vosso descobrimento, a felicidade e a alegria. (…) (A Arte da Libertação, pág. 27)

Vemos, pois, que a transformação do mundo decorre da transformação de nós mesmos; (…) Para transformarmos a nós mesmos é essencial o autoconhecimento; (…) Cada um precisa conhecer a si mesmo, tal como é, e não como deseja ser. (…) (Novo Acesso à Vida, pág. 74-75)

Assim, para conhecerdes a vós mesmos, é preciso lucidez, vigilância, por parte da mente, com completa isenção de crenças e idealizações, pois as crenças e os ideais são óculos de cores que perturbam a nítida percepção. (…) (Idem, pág. 75)

(…) Por conseguinte, o autoconhecimento é o começo da sabedoria, e podemos encontrá-la sem ler um livro, sem recorrer a um guia ou seguir um iogui. Exige ele enorme persistência e vigilância mental, e asseguro-vos que, ao começardes a explorar-vos, encontrareis um deleite e um êxtase incomparáveis. (…) (Uma Nova Maneira de Viver, pág. 84)

(…) O autoconhecimento advém com a percepção isenta de escolha e, quando o desejo já não perverte o pensamento-sentimento, então, nessa plenitude, em que a mente se acha totalmente tranqüila, criadoramente vazia, o Supremo se manifestará. (Autoconhecimento, Correto Pensar, Felicidade, pág. 154)



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